A empresa também fica proibida de alterar diagnósticos dos pacientes e deve contratar ombudsman para receber reclamações e sugestões de clientes A Prevent Senior fechou entendimento com o Ministério Público do Estado de São Paulo (MP-SP) e se comprometeu a interromper a distribuição do chamado kit covid a pacientes com suspeita ou infectados pelo coronavírus. O kit consiste na aplicação de medicamentos sem eficácia cientificamente comprovada contra a doença.
Outro acerto firmado com o MP-SP por meio de Compromisso de Ajustamento de Conduta (CAC) foi o de proibir a alteração do diagnóstico dos pacientes de seus hospitais e a contratação de um ombudsman para receber reclamações e sugestões de clientes da operadora. A CPI da Covid apontou que houve troca da Classificação Internacional de Doenças (CID) de pacientes da Prevent Senior.
Advogada representante dos médicos que trabalharam na Prevent Senior, Bruna Morato, em pronunciamento na CPI da Covid
Edilson Rodrigues/Agência Senado
A empresa também está comprometida a divulgar – em ao menos três jornais de grande circulação e em cinco portais de internet com abrangência nacional –declaração de que não existe qualquer pesquisa científica realizada pela Prevent que ateste a eficácia de algum tipo de tratamento precoce ou preventivo para a covid-19. O compromisso com o MP-SP foi assinado nesta sexta-feira pelo advogado que representa a operadora, Aristides Zacarelli Neto.
A Prevent, no entanto, não concordou com a criação de um conselho gestor para atuar em todas as unidades da empresa, que teria como atribuição propor e deliberar sobre políticas de saúde e fiscalizar o cumprimento do CAC firmado com os promotores estaduais de São Paulo.