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Ciência e Saúde

Califórnia e Japão dão lições sobre o envelhecimento ativo


Tecnologia, serviços e leis têm como objetivo facilitar a vida dos idosos Na Califórnia, os gestores das instituições de longa permanência, as “assisted living” (moradias assistidas), terão que providenciar equipamentos de videoconferência para os residentes. A lei, aprovada no começo de outubro, visa não apenas a diminuir o isolamento dos idosos, através de visitas virtuais, mas também pretende facilitar a nova realidade pós-Covid: a expansão da telemedicina e o aumento do número de consultas on-line.

No Japão, quase um terço da população tem mais de 65 anos e soluções tecnológicas voltadas para atender a esse público são bem recebidas inclusive pelos idosos

Pixabay

Outra lei garante aos mais velhos o acesso a uma avaliação cognitiva anual no sistema de saúde conhecido como Medicaid, voltado para as pessoas com menos recursos. Em 2020, havia cerca de 5.8 milhões de norte-americanos com a Doença de Alzheimer, sendo que quase 700 mil eram californianos. No estado, a enfermidade é a quarta causa de mortes e ter ferramentas para mapear precocemente seu surgimento pode proporcionar maior qualidade de vida aos pacientes.

Por falar em qualidade de vida, pesquisadores do Massachusetts Institute of Technology (MIT) estão empenhados em dotar os robôs de habilidade sociais que levem para outro nível sua interação com seres humanos. Dessa forma, poderiam ser empregados em instituições de longa permanência. “Robôs estarão presentes em nosso dia a dia em breve e precisam aprender a se comunicar em termos humanos. Precisam entender quando é hora de ajudar e quando devem se limitar a observar para prevenir que algo aconteça. Estamos dando os primeiros passos, apenas arranhando a superfície”, afirmou o cientista Boris Katz.

No Japão, uma das nações com maior percentual de idosos – quase um terço da população tem mais de 65 anos – soluções tecnológicas voltadas para atender esse público têm sido estimuladas e são bem recebidas inclusive pelos mais velhos. Na prateleira dos serviços e produtos “age tech”, vêm se multiplicando as pesquisas para o desenvolvimento de “wearables” (vestimentas ou calçados que monitoram o indivíduo e produzem informações que podem ser compartilhadas); exoesqueletos, estruturas que aumentam a força e a resistência do corpo, facilitando a mobilidade; e robôs de companhia.

Estima-se que, lá, o tamanho do mercado voltado ao envelhecimento estará na casa dos 950 bilhões de dólares em 2025, superando segmentos como o automobilístico, o de finanças e eletrônicos. Somente nos Estados Unidos há algo com a mesma envergadura. Os japoneses têm uma expectativa de vida maior que qualquer outro povo e cultivar hábitos saudáveis faz parte de sua cultura, de maneira que os idosos são fisicamente ativos e se engajam em atividades comunitárias. Temos lições para aprender e caminhos para trilhar.

G1

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