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Sexo na velhice: psicólogo reúne histórias sobre a chama do desejo

Por Redação

14/11/2021 às 07:53:25 - Atualizado há
Famílias tendem a encarar o comportamento amoroso de idosos como sinal de desvio ou desequilíbrio O psicólogo Fabrício Oliveira acaba de lançar “Sexualidade e longevidade: a essência da maturidade”, pela Portal Edições, e resume: “o apetite pela vida não se esgota com o avançar da idade”. No livro, reúne 27 histórias que falam de vivências sexuais de idosos e ressalta que, dentro do conceito de qualidade de vida, estão incluídas as experiências amorosas: “é preciso compreender que a sexualidade também é passível de ser reinventada. Os limites naturais do corpo envelhecido deveriam ser, ao contrário de empecilhos, gatilhos para outras formas de relações amorosas, não menos prazerosas do que em outras etapas da vida. Afinal, é na relação com outra pessoa que habita a importância da redescoberta e o desejo de viver”, escreve.

Fabrício Oliveira: autor de “Sexualidade e longevidade: a essência da maturidade”

Divulgação

Ele se especializou no atendimento de idosos e luta contra o estereótipo de que a dessexualização é um processo natural da idade: “a pressão social para um comportamento sexual contido é tão intensa que a pessoa idosa não se permite viver sua libido”. Relata que, em sua experiência clínica, as famílias tendem a ignorar os sentimentos dos parentes longevos, como se o desejo e iniciativas sexuais fossem sinal de desvio, desajuste ou desequilíbrio.

É assim que desfia histórias como a de Martha, de 72 anos, que descobre que o marido, que não a procura mais, consome pornografia no celular. Fabrício a ajuda a recuperar a autoestima e a resgatar a intimidade conjugal através de um ensaio sensual. Anselmo, de 68, e Laurinda, de 66, também conseguem refazer o caminho para o entendimento sexual, assim como o casal homossexual formado por Meneses e Nil, casados há 35 anos, que acende novamente a chama do relacionamento.

Jefferson, por sua vez, decide sair do armário depois de três décadas de um casamento onde há companheirismo, mas nunca houve paixão. Tem o apoio da filha, mas enfrenta a reprovação do filho. Joana, de 65 anos, e Neném, que já chegou aos 70, se relacionam com homens bem mais jovens e se sentem realizadas sexualmente, embora temam a reação da família. Há casos dramáticos, como a do filho que ameaça pedir a curatela da mãe que tenta se livrar do luto que carrega há 25 anos. Todos os depoimentos são reais, apenas os nomes foram trocados. Os diálogos são saborosos e recheados de diálogos – que sirvam para jogar luz nessa discussão.

Reprodução da capa do livro

Divulgação
Fonte: G1
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