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Minas Gerais

Campanha 'Nossas vidas importam' arrecada absorventes e itens de higiene em Juiz de Fora


Doações podem ser feitas até dia 3 de dezembro. Em outubro, outra ação de coleta destes produtos já havia sido lançada pelo Executivo e arrecadou mais de 3 mil unidades. Cmapanha arrecada absorventes e itens de higiene pessoal para mulheres em situação de vulnerabilidade em Juiz de Fora

Alice Sousa/G1

Foi lançada na terça-feira (16) pela Prefeitura a campanha "Nossas vidas importam - 21 dias de ativismo pelo fim das violações de Direitos Humanos das mulheres".

Uma das iniciativas da ação é a arrecadação de absorventes e itens de higiene pessoal para mulheres em situação de vulnerabilidade. Em outubro, uma campanha de arrecadação destes materiais já havia sido lançada pelo Executivo. As doações foram encerradas na última semana e mais de 3 mil unidades de absorventes foram arrecadadas.

“Há 50 anos , minha mãe tinha que lavar toalhinhas para passar pelo período menstrual. Naquela época, as mulheres eram submetidas a essa condição desconfortável, pois ainda nem existiam absorventes. Hoje, eles se tornaram um item essencial para a nossa saúde e higiene. Porém, infelizmente, nem todas têm acesso a ele”, explicou a secretária de Transformação Digital e Administrativa (STDA), Ligia Inhan.

As doações poderão ser feitas até o dia 3 de dezembro, no posto de coleta instalado na entrada da Prefeitura de Juiz de Fora (PJF), que fica na Avenida Brasil, nº 2.001 e nas demais unidades da Secretaria de Mobilidade Urbana (SMU).

O material será doado a mulheres assistidas pelas entidades Abrigo Vivendas do Futuro; Fundação Maria Mãe/Obra dos Pequeninos de Jesus; e Instituto Faça.

Campanha anterior arrecadou mais de 3 mil unidades de absorventes

Em outubro, a Casa Florescer, entidade sob a coordenação da Agência Adventista de Desenvolvimento e Recursos Assistenciais Sudeste Brasileiro (Adra), que é da rede parceira da Secretaria de Assistência Social lançou uma campanha para arrecadar absorventes para mulheres em situação de vulnerabilidade.

O encerramento da campanha ocorreu no último dia 9 de novembro. Cerca de 3.200 unidades de absorventes foram doadas à Casa de Passagem para Mulheres (CPM).

A campanha teve como parceiros a Secretaria de Assistência Social (SAS) da Prefeitura de Juiz de Fora e a Padaria Bom Brasileiro, que abriu as portas para receber as doações dos absorventes e cedeu produtos para o lanche da tarde das usuárias do equipamento.

Na última semana, em um encontro com na CPM, a equipe de profissionais realizou uma intervenção para apresentar e explicar a temática da “pobreza menstrual”, termo que compreende a falta de acesso a recursos diversos, como produtos de higiene íntima, água, saneamento básico, infraestrutura e informações.

Além disso, houve a distribuição das doações de absorventes arrecadados na campanha "Nós&Sangue" com o apoio da Agência Adventista de Desenvolvimento e Recursos Assistenciais (Adra), da vereadora Laiz Perrut (PT) e da Prefeitura.

“As pessoas que estão na rua não têm recurso para comprar esse tipo de material e, às vezes, não estão acolhidas nos espaços, não estão nas instituições de acolhimento, a questão da higiene fica precária, então, é um modo de manter a higiene mais preservada” ressaltou a gerente do Departamento de Proteção Especial da Subsecretaria de Proteção e Promoção Social da SAS, Maria Cláudia Siqueira Dutra.

Políticas públicas

Tramita na Câmara Municipal de Juiz de Fora um Projeto de Lei (PL) que busca dar fim à pobreza menstrual.

A proposição é das vereadoras Laiz Perrut (PT), Cida Oliveira (PT), Tallia Sobral (PSOL) e Kátia Franco Protetora (PSC), que, agora, buscam apoio da maioria dos vereadores em plenário para aprovar o PL e esperar a sanção da prefeita.

A justificativa dada pelas vereadoras é que “a problemática que reflete não somente a falta de recursos para compra de produtos de higiene menstrual adequados, mas também o problema global da falta de acesso à água e ao saneamento básico. Além disso, expõe a desigualdade social que coloca considerável população sem garantias das condições socioeconômicas mínimas para viver com dignidade”.

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