G1
A cantora Elisa Fernandes expõe indignação com o racismo na gravação de 'Você não sabe o que é ser preto'. ? “Meu sangue vem de Luanda / Vem da senzala / Vem da roda de samba / Ou quem sabe de Palmares / Sou de todos os lugares”, conclui Maria Menezes, vocalista do grupo carioca de samba Arruda, nos versos de Poder é pele preta. O samba de Diego Cabral e Maria Duarte foi gravado por Anderson Popó (percussão), Armandinho do Cavaco (cavaquinho e bandolim), Fabão Araújo (surdo), Gustavo Carvalho (repique de mão), Marcelinho Benga (tan tan), Maria Menezes (voz) e Nego Josy (voz e pandeiro) com a participação de Jorge Aragão.Aragão, cabe lembrar, é cantor e compositor carioca que vem contribuindo decisivamente para a exaltação do orgulho negro, manifestado em sambas como Identidade (Jorge Aragão, 1992) e Moleque atrevido (Jorge Aragão, Flávio Cardoso e Paulinho Resende, 1998). Capa do single 'Poder é pele preta', de Arruda com Jorge AragãoDivulgaçãoA gravação do samba Poder é pele preta foi lançada pelo Arruda na sexta-feira, 19 de novembro, véspera do Dia da Consciência Negra, festejado neste sábado, 20. O single Poder é pele preta chegou ao mundo digital quatro dias após o grupo Arruda ter gravado álbum ao vivo em show apresentado no Beco do Rato, no centro da cidade do Rio de Janeiro (RJ), na segunda-feira, 15 de novembro, com convidados como Cassiana Pérola Negra, Casuarina, Elisa Fernandes, Galocantô, Moyseis Marques e Toninho Geraes.Capa do single 'Você não sabe o que é ser preto', de Elisa FernandesDivulgação? E por falar em Elisa Fernandes, a cantora e compositora carioca também está promovendo single engajado na causa da negritude. Em rotação desde 12 de novembro, em edição do selo Peneira Musical, o single autoral Você não sabe o que é ser preto denuncia o racismo que vitima o povo negro na sociedade brasileira. “Enquanto tu passeia pelo shopping / Tão matando outro preto, outro preto
/ Não é uma questão de opinião, não / Guarde pra você teu preconceito / E lave a tua boca pra falar / Você não sabe o que é ser preto”, canta Elisa Fernandes, dando voz a versos indignados com os atos racistas observados cotidianamente no Brasil.