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Anvisa inspeciona voos do Reino Unido para evitar variante do coronavírus

Por Redação

22/12/2020 às 10:55:30 - Atualizado há

A Anvisa (Agência Nacional De Vigilância Sanitária) anunciou na noite de segunda-feira (21) que vai passar a inspecionar voos vindos do Reino Unido, além de impor algumas restrições aos passageiros vindos do país que aterrissam nos aeroportos de Cumbica (SP) e Tom Jobim (RJ).

A medida é consequência do anúncio do Reino Unido de que identificou uma nova variante do novo coronavírus, que seria até 70% mais transmissível. Vários países na sequência interromperam sua ligação aérea com o país, como França, Bélgica, Holanda, Rússia e Canadá, entre outros. Na América Latina, Argentina, Chile, Colômbia e Peru adotaram restrição de entrada no país.

Em uma nota divulgada na segunda-feira pela Casa Civil, o governo brasileiro informou que estava "acompanhando a situação", mas que não iria adotar restrições de voos. A pasta argumentou que vai passar a exigir exames para detectar a Covid-19, do tipo RT-PCR.

"A portaria número 630, de 17 de dezembro de 2020, em seu artigo 7º, exige o teste do RT-PCR negativo para qualquer viajante, brasileiro ou estrangeiro, que queira ingressar no Brasil por via aérea, inclusive os passageiros de procedência do Reino Unido", disse a Casa Civil em nota enviada no início da noite desta segunda-feira (21).

A exigência de exame negativo de Covid-19 é estabelecida em uma portaria da semana passada, mas só começa a valer a partir de 30 de dezembro. A Anvisa, por sua vez, já começou a implementar suas medidas em um voo que chegou do Reino Unido na noite de segunda-feira, no aeroporto Tom Jobim.

A agência afirma que os procedimentos adotados incluem a inspeção ainda dentro das aeronaves. Depois agentes vão acompanhar os passageiros até as áreas de trânsito e desembarque, para preservar o distanciamento social. O acesso às lojas do free shopping serão restringidas para esses passageiros.

Segundo a Anvisa, agentes do Ministério da Saúde farão o contato com os tripulantes e passageiros para verificar as condições de saúde e tomar eventuais providências. "A Rede CIEVS (Centro de Informações Estratégicas em Vigilância em Saúde), ligada ao Ministério da Saúde, realizará os procedimentos de contato com os passageiros e tripulantes para monitoramento das condições de saúde e direcionamento aos serviços de atenção à saúde, bem como a adoção das medidas de prevenção e controle da Covid-19", informou a agência em nota.

A agência listou seis procedimentos que serão adotados:

1- leitura de mensagem sonora no voo, já em solo brasileiro com a presença da autoridade sanitária
2- fiscalização no interior da aeronave, antes do desembarque
3- orientação aos passageiros e tripulantes sobre o monitoramento dos viajantes em solo nacional por autoridades brasileiras de saúde;
4- solicitação de informações sobre os passageiros e tripulantes à empresa aérea. Essas informações já foram enviadas às autoridades competentes;
5- monitoramento dos procedimentos de limpeza e desinfecção da aeronave;
6- acompanhamento do trânsito dos passageiros até a área de imigração, orientando o distanciamento social e evitando a aglomeração.
A Anvisa ressalta que nenhum passageiro presente no primeiro voo inspecionado declarou ter sintomas da Covid-19 durante a viagem.

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