Gravação é lançada neste domingo, 5 de dezembro, dia do 110º aniversário do guerrilheiro baiano. ? Estrategicamente agendado pelo selo Máquina de Louco para este domingo, 5 de dezembro, o lançamento do single Canto para atabaque celebra a memória e o legado de Carlos Marighella (5 de dezembro de 1911 – 4 de novembro de 1969) no dia do 110º aniversário deste político e guerrilheiro baiano.
Com capa que expõe arte criada por Pedro Marighella, neto de Carlos, o single Canto para atabaque ressoa a ancestralidade afro-brasileira nas vozes dos cantores Tiganá Santana e Russo Passapusso, além do toque da BaianaSystem, banda nascida em Salvador (BA), assim como os soteropolitanos Marighella e Tiganá.
Os versos de Canto para atabaque compõem poema escrito por Marighella e musicado por Tiganá Santana a convite da atriz Maria Marighella, neta do guerrilheiro.
Foi em 2019 que Maria procurou Tiganá com o poema em que o político versa sobre a constituição mestiça do Brasil, enfatizando a contribuição valiosa do povo negro escravizado pelos colonizadores brancos.
Capa do single 'Canto para atabaque', de BaianaSystem e Tiganá Santana
Arte de Pedro Marighella
Avalizado por Maria, Tiganá Santana pôs melodia nas palavras de Marighella, harmonizou a música e convidou a banda BaianaSystem e o músico Sebastian Notini para, juntos, criarem o arranjo e darem forma a Canto para atabaque.
Assentada sobre a percussão afro-brasileira (composta pelos três atabaques rum, rumpi e lé, além de agogô, caxixi e xequerê e de toque de barravento, da tradição do candomblé de Angola), a gravação de Canto para atabaque foi feita em Salvador (BA) em novembro por SekoBass e Sebastian Notini, que criaram efeitos e programações para adensar o fonograma. Base do registro fonográfico, o arranjo de percussão é creditado a Notini e ao ritmista Ícaro Sá.
O single Canto para atabaque chega ao mundo digital na versão original e na versão aDUBada, criada por Buguinha Dub no estúdio Mundo Novo, em Olinda (PE), no espírito da vertente viajante do reggae, gênero musical jamaicano embutido na versão original do single. Buguinha Dub mixou e masterizou as duas versões de Canto para atabaque.