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Globo e Fundação Roberto Marinho lançam iniciativa para destacar e premiar projetos de ensino



O Movimento LED envolve três pilares – um festival, uma plataforma de relacionamento permanente com os que se interessam pelo tema e uma premiação que distribuirá R$ 1,5 milhão aos vencedores de um concurso Não faltam, no Brasil, iniciativas educacionais bem-sucedidas. Muitas, no entanto, estão escondidas. No intuito de “dar luz” a essas ideias, a Globo e a Fundação Roberto Marinho decidiram buscar na própria história de forte atuação nessa área inspiração para dar um passo maior e, assim, lançar o Movimento LED – Luz na Educação. Apresentada hoje, em São Paulo, a iniciativa nasce com o propósito de destacar e premiar práticas inovadoras e de servir, ao mesmo tempo, de amparo ao debate do ensino que transcende a sala de aula.

O projeto envolve três pilares – uma premiação, um festival e uma plataforma de relacionamento permanente com os que se interessam pelo tema. Durante a cerimônia de apresentação do LED a especialistas, educadores e empreendedores, hoje, no Museu da Língua Portuguesa, foi também lançado o edital da premiação, que somará R$ 1,5 milhão.

José Roberto Marinho, vice-presidente do Conselho de Administração do Grupo Globo

Globo/Mauricio Fidalgo

José Roberto Marinho, vice-presidente do Conselho de Administração do Grupo Globo, lembra que pesquisas mostram como o sistema educacional reflete hoje as desigualdades no Brasil. “Para mudar essa realidade, temos que usar todos os nossos recursos”, destaca.

“A educação tem, historicamente, ocupado o centro da pauta social da Globo e da Fundação Roberto Marinho”, lembra Jorge Nóbrega, presidente-executivo da Globo. “A empresa sempre buscou ser ponte que sensibiliza e gera discussões importantes entre os muitos atores da sociedade”, destaca Nóbrega ao citar projetos que considera emblemáticos, como o Telecurso.

Uma das soluções educacionais mais reconhecidas do país, o Telecurso foi criado em 1978, época em que o acesso à escola era um problema crítico no Brasil. O país tinha baixos índices de crianças e jovens matriculados nas escolas. O Telecurso ajudou a ampliar o acesso à educação ao oferecer aprendizado de qualidade pela TV, num modelo inovador. Vieram, depois, outras iniciativas, como o Globo Universidade, o Amigos da Escola e, mais recentemente, na pandemia, o “Não desista de seu futuro”, uma campanha contra a evasão escolar.

A proposta do LED é ser um “guarda-chuva” de projetos voltados à educação, sejam da própria Globo ou de futuros parceiros. “Eu tenho visto um movimento positivo para unir todas as fundações que têm algum poder de transformação, todo mundo caminhando junto”, diz José Roberto.

Para o diretor de Canais da Globo, Paulo Marinho, esse movimento inovador pretende “ser luz e motor para o futuro da educação brasileira”. “Seguiremos usando a capacidade mobilizadora da Globo, que já conversa com milhões de pessoas todos os dias, para ampliar essa conversa e gerar um impacto efetivo na ponta da cadeia”, destaca.

A TV será o palco da grande premiação e também do festival do LED, que reunirá professores e artistas, entre outros. Para Manuel Falcão, diretor de Marca e Comunicação da Globo, a TV ajuda a tornar esse tipo de iniciativa numa “experiência emocionante”. Para ele, falta ao Brasil fazer da educação um tema permanente e acalentado por toda a sociedade, como acontece em outras partes do mundo.

“Assim como não é preciso estar somente no colégio para aprender também não queremos falar apenas com professor ou aluno, mas também com pai e mãe e toda a sociedade”, destaca. “Nossa ideia é reconhecer iniciativas, seja um projeto do Ceará ou uma inovação desenvolvida por um brasileiro que está na Universidade de Stanford (EUA)”, afirma.

José Roberto Marinho menciona, ainda, a importância da tecnologia. “Eu tenho muita fé de que a tecnologia usada da forma correta, como meio, pode facilitar. Com a chegada do 5G, vai ser possível conectar as escolas. Nós temos tudo para fazer essa transformação, e aqui tem mais um caminho – o Movimento LED”, afirma.

Jorge Nóbrega, presidente-executivo da Globo

Globo/Mauricio Fidalgo

Do total de R$ 1,5 milhão previstos na premiação, R$ 1,2 milhão serão divididos entre seis premiados e R$ 300 mil serão destinados ao vencedor de um desafio. O concurso envolve três categorias - Educação Básica, Educação Profissional/Técnica e Educação não formal – e as inscrições serão abertas de 3 de janeiro a 7 de fevereiro por meio do site movimentoled.com.br.

O concurso será anual e na sua primeira edição, em 2022, uma parte dos prêmios será destinada a iniciativas que emergiram no período de isolamento social imposto pela crise sanitária. “Muitas das ideias que surgiram para responder desafios que surgiram na pandemia tendem a se tornar perenes”, afirma Cristovam Ferrara, gerente sênior de Valor Social da Globo.

Falcão aponta movimentos semelhantes, em outros países, que já premiam ideias que fazem a diferença na área educacional. É o caso da Hundred, uma organização, com sede na Finlândia, que a cada ano destaca 100 inovações educacionais de impacto em diversos países.

A entidade conta, hoje, com uma coleção das ideias apresentadas ao longo dos anos. É o caso, por exemplo, de um programa criado para acelerar o aprendizado de crianças no Quênia, ou o “Aulas de paz”, iniciativa lançada na Venezuela para combater a violência nas salas de aula em regiões vulneráveis.

O LED acaba de ser criado. Mas já identifica personagens aptos a começar a contar a história que se inicia. Entre os convidados que participaram da cerimônia de lançamento do projeto, no Museu da Língua Portuguesa, hoje, alguns são exemplo do tipo de talentos que o movimento pretende iluminar. É o caso de Lucas Lima, engenheiro mecânico e professor de robótica de 26 anos, que mora no Complexo do Alemão, no Rio. Depois de desenvolver uma impressora 3D com sucata ele criou uma startup para capacitar jovens a trabalhar com esse tipo de tecnologia. Também estava lá a alagoana Ana Julia Monteiro, de 18 anos, que desenvolveu um mecanismo para aumentar a produção de leite, oxigenando a água do gado com energia eólica.

“É motivo de muito orgulho ver nascer o Movimento LED, alinhado à agenda ESG da Globo, para ampliar a visão de educação em rede e iluminar o seu poder transformador”, destaca Nóbrega.

O Movimento LED tem um conselho consultivo formado pelas organizações UNESCO, Unicef, Todos pela Educação, CIEB (Centro de Inovação para a Educação Brasileira), ITS (Instituto de Tecnologia e Sociedade do Rio), Vale do Dendê e Porto Digital, além de apoio institucional do Consed (Conselho Nacional de Secretários de Educação) e Undime (União dos Dirigentes Municipais de Educação). A premiação foi elaborada em parceria com a Ponte a Ponte, empresa especializada em desenvolvimento de editais de impacto social.

Projeto Movimento LED: apresentadores e executivos

Globo/Mauricio Fidalgo

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