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Como escolher um novo rumo profissional?

Por Redação

15/12/2021 às 05:48:56 - Atualizado há

A colunista Karin Parodi responde leitora que, diante de uma questão de saúde, precisa encontrar novos rumos profissionais >> Envie sua pergunta, acompanhada de seu cargo e sua idade, para: [email protected]

"Tenho 36 anos e desde os 20 trabalho como educadora física. Recentemente, descobri um problema na coluna que está limitando minha atuação profissional. Tenho cursos na área de educação, em especial educação infantil. É o caso de mudar de área, trabalhar com educação infantil, por exemplo? Ou será que vale mais a pena tentar me movimentar dentro da área que já atuo, em alguma outra função que exija menos do corpo físico?" Educadora física, 36 anos

Divã Executivo: É tarde para mudar de carreira aos 35 anos?

A nossa saúde é o nosso bem mais precioso, pois é o que nos dá condições de realizar nossos projetos e ter uma vida mais plena. Sem saúde tudo fica mais complicado. O prognóstico sobre o problema da tua coluna sem dúvida irá influenciar nas tuas decisões de carreira no curto e médio prazo.

A partir dessa realidade, é tempo de investigar as possibilidades de atuação para poder tomar uma decisão, planejar e implementar o teu novo passo de carreira. O mundo do trabalho tem se transformado em uma velocidade muito superior em relação às décadas passadas. E com essa velocidade e um mundo em transformação, surgem novas carreiras e algumas que nem foram criadas. Um dos fenômenos das transformações que estamos vivendo é o advento da longevidade. Estamos vivendo um momento ímpar na humanidade pois a cada ano conseguimos um bônus que nos dá a oportunidade de viver mais e melhor. Cada vez mais estamos cuidando da nossa saúde por meio da atividade física além dos outros pilares que constroem a nossa longevidade. O impacto positivo da atividade física regular nos aspectos cognitivos, na saúde mental e no bem-estar geral do indivíduo durante o processo de envelhecimento é evidenciado em diversos estudos clínicos. É um reforço da autoestima, associada à melhor imagem corporal à autonomia que advém da maior mobilidade física.

Divã Executivo: Empresa dos sonhos versus intercâmbio. O que é melhor?

Estou trazendo o tema longevidade pois no Brasil vivemos o tsunami prateado, ou seja, uma população crescente com expectativa de 76,6 anos em 2019 segundo o IBGE. E isso gera novos nichos de negócios e serviços que precisam de especialistas. Pesquise feiras, fóruns, ONGs e demais associações ligadas ao tema e oportunidades de assessoria na área de saúde física para esse público.

Uma outra possibilidade a ser explorada é a área de pesquisa, que apresenta maior carência de profissionais de educação física. Além de contribuir com os avanços da profissão, é uma oportunidade de atuar na continuidade da formação acadêmica de novos educadores físicos já que os cursos de ensino superior precisam de professores capacitados para as suas mais variadas disciplinas. Os conhecimentos e estudos gerados pelas pesquisas têm a base teórica, que promovem ações voltadas às melhorias de impacto na saúde também na área social, já que se pode propor melhorias para muitas soluções na saúde da população por meio da produção de conhecimento para a área de esportes, academias, clínicas de avaliação de avaliação física, de reabilitação como parceiro de uma equipe de saúde multidisciplinar. Por você possuir conhecimento acerca do funcionamento do corpo humano e de sua relação com as atividades físicas, você poderia mapear oportunidades no desenvolvimento de medidas que promovam o bem-estar da comunidade, desde projetos à criação de estratégias junto a órgãos públicos. Por isso, avalie ingressar também no setor público, como também permanecer no privado.

Analisando a carreira em educação infantil, sem dúvida pode ser uma opção, levando-se em conta que a criança ainda está desenvolvendo suas habilidades sociais, cognitivas e motoras. Habilidades fundamentais dos profissionais que lidam com elas é a compreender que algumas de suas atitudes podem estar relacionadas à imaturidade e a um ritmo diferente de aprendizado e entendimento. Empatia, paciência, boa comunicação, inteligência emocional e gostar de estar em contato com crianças são fatores críticos de sucesso.

Independente se a tua opção for continuar na área de educação física ou infantil, pesquise, fale com pessoas que ocupam posições em áreas como administrativa, operações nesses segmentos de atuação. Com dados e fatos fica mais fácil planejar a mudança.

Lembre-se que conhecer a área técnica em educação física pode ser um diferencial na busca de uma nova posição na área de saúde. Independente da tua decisão, você deverá investir em atualizações para ter um currículo amplo e atual e estar bem preparada, para ser competitiva e se qualificar para essas novas possibilidades que possam se concretizar.

Dedique-se à construção de uma rede de contatos na área que irá escolher para acelerar o teu aprendizado e troca de informações. Boa sorte.

Karin Parodi é fundadora do Career Center

>> Envie sua pergunta, acompanhada de seu cargo e sua idade, para: [email protected]

Esta coluna se propõe a responder questões relativas à carreira e a situações vividas no mundo corporativo. Ela reflete a opinião dos consultores e não a do Valor Econômico.

O que faço se não tenho com quem aprender na empresa?
Fonte: VALOR
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