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Citi: Mercado poderá se alinhar com qualquer candidato que se comprometa com âncora fiscal



“O ponto crítico não é o candidato em si, mas a política econômica”, disse Leonardo Porto O processo eleitoral brasileiro, que foi informalmente antecipado, começará a ganha mais peso na precificação de ativos no ano que vem. Contudo, embora a disputa prometa ser pouco amigável entre os principais candidatos em vários temas, para o mercado, o debate sobre a agenda fiscal no próximo governo continuará sendo o ponto central, na avaliação do economista-chefe do Citi no Brasil, Leonardo Porto.

Leonardo Porto, economista-chefe do Citi no Brasil

Carol Carquejeiro/Valor

“O mercado não necessariamente escolhe um candidato. Ele tem os seus princípios que valorizam ou desvalorizam preços de ativos. Para o caso do Brasil, é muito claro que isso se refere à política fiscal, a qualidade da dívida pública. Independentemente do candidato, se abraçar a causa de que vai perseguir e ancorar os fundamentos fiscais, seja Lula, [Jair] Bolsonaro, [Sergio] Moro ou qualquer outro, isso ajudará preços de ativos”, disse Porto em entrevista coletiva do Citi nesta sexta-feira.

“Se acontecer o contrário, candidato X, Y ou Z estiver se comprometendo cada vez mais com uma agenda fiscalmente irresponsável, não só com discursos, mas eventualmente equipes econômicas, e começar a ganhar tração nas pesquisas, os mercados vão cada vez estressar mais”, acrescentou. “O ponto crítico não é o candidato em si, mas a política econômica desse candidato com a percepção de chance de vitória.”

Na visão de Porto, ainda há muitas dúvidas sobre a postura que cada candidato vai adotar. “A gente já viu o ex-presidente Lula fazendo uma campanha ‘paz e amor’ e implementando uma política fiscal mais austera, em 2003, e a ex-presidente Dilma [Rousseff] adotando uma política fiscal arriscada fiscalmente a partir de 2011 e 2012. Isso é uma incerteza muito grande”, disse.

“No mesmo ponto, o presidente Bolsonaro também mudou a percepção de austeridade fiscal em relação ao governo dele em 2018 e o que a gente visualiza hoje”, completou o economista-chefe do Citi.

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