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Desigualdade na vacinação pode prolongar a pandemia, diz OMS

Por Redação

22/12/2021 às 15:42:25 - Atualizado há

Sem que a maior parte das pessoas seja vacinada globalmente, a entidade afirma que o vírus poderá continuar sofrendo mutações A Organização Mundial da Saúde (OMS) fez nesta quarta-feira um novo alerta para os riscos da desigualdade na campanha de vacinação contra a covid-19 e a aplicação generalizada de doses de reforço nos países mais ricos. Sem que a maior parte das pessoas seja vacinada globalmente, a entidade afirma que o vírus poderá continuar sofrendo mutações e prolongar a duração da pandemia.

Cerca de 20% de todas as vacinas aplicadas diariamente são parte das campanhas de reforço, segundo dados divulgados hoje pelo diretor-geral da OMS, Tedros Adhanom Ghebreyesus, em entrevista coletiva. Enquanto isso, muitos países mais pobres sequer têm doses para proteger os grupos mais vulneráveis da população.

Tedros afirmou que programas amplos de reforço vacinal podem dar ao vírus “mais oportunidade de se espalhar e sofrer mutações” nos países mais pobres, o que poderá prolongar a pandemia em vez de acabar com ela.

A ômicron, por exemplo, surgiu na África do Sul, que tem apenas 40% de seus adultos totalmente vacinados.

Três em cada quatro profissionais de saúde na África continuam sem proteção e apenas metade dos países-membros da OMS alcançará a meta de vacinar 40% de sua população até o final do ano, o que ocorre, segundo Tedros, devido às “distorções na oferta global” de vacinas.

Os novos alertas da OMS foram feitos pouco depois de Israel anunciar que recomendará uma quarta dose da vacina para pessoas com 60 anos ou mais. Vários países estão ampliando suas campanhas de aplicação da terceira dose como forma de combater a ômicron.

“Com a quantidade de doses que já foram aplicadas, era possível imunizar 40% da população mundial”, afirmou o diretor-geral da OMS. “A prioridade global em 2022 deve ser ajudar os países a chegar a 70% de vacinados até a metade do ano.”

Tedros afirmou que, pelas previsões da OMS, apenas na parte final de 2022 o mundo teria vacinas suficientes para a aplicação extensiva de doses de reforço em todos os adultos.

“O reforço não pode ser visto como uma passagem para seguir em frente com as celebrações planejadas, sem a necessidade de outros cuidados”, afirmou o diretor-geral da OMS.

Mulher recebe vacina contra covid-19 em Lawley, sul de Joanesburgo, África do Sul

Shiraaz Mohamed/AP Photo
Fonte: VALOR
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