A Prefeitura de Mariana, por meio da Secretaria de Saúde e em parceria com o Centro de Equoterapia Pequeno Arthur, oferece o método terapêutico que utiliza cavalos para ajudar no desenvolvimento de pessoas com algum tipo de deficiência, seja física, psicológica ou cognitiva, estimulando o desenvolvimento da mente e corpo dos praticantes.
As sessões são realizadas na rua Maria Letícia de Miranda Novaes Santos, 20, na Rodovia do Contorno, em Mariana - MG. No município, o serviço se estende às pessoas de todas as faixas etárias, beneficiando algumas instituições, como: a Associação de Pais e Amigos dos Excepcionais (APAE), Comunidade da Figueira, Rede Municipal de Educação, Associação das Pessoas com Deficiência de Mariana (Adem), Centro de Atenção Psicossocial Infantojuvenil (Caps IJ) e Lar Santa Maria, além de atender as demandas espontâneas de indivíduos que não estão inseridas nessas entidades.
Todos os interessados passam por avaliação médica, fisioterápica e psicológica antes de serem encaminhados para o serviço e, se estiverem aptos, poderão participar da reabilitação. O método oferece diversos benefícios para o praticante e o insere em um ambiente diferente do que está habituado, além de levar autonomia e bem-estar para o indivíduo. As atividades contam com uma equipe multidisciplinar com médicos, fisioterapeutas, pedagogos, auxiliar-guia, profissionais com formação em desenvolvimento infantil, equitador e psicólogos, promovendo um acompanhamento completo e eficaz.
A psicóloga e idealizadora do projeto, Priscila Amaral, afirma que o serviço ofertado por meio do Sistema Único de Saúde (SUS) está atendendo toda a demanda do município. "O Centro está conseguindo abraçar todas as instituições da cidade que de alguma forma trabalham com pessoas que têm alguma deficiência", pontua. O serviço possui quatro cavalos. Antes de integrarem a equoterapia, os animais passam por treinamento para que o tratamento dê resultados satisfatórios e são previamente escolhidos de acordo com as características para que possam melhor atender os aprendizes.
Marly Gomes, Coordenadora do Centro de Equoterapia Pequeno Arthur, ressalta os benefícios do método. "Um diferencial que percebo é de como a técnica é feita. A gente foge da ideia do consultório, daquela coisa previsível e formatada. Aqui o nosso consultório é aberto, através da natureza. As sessões são realizadas no picadeiro com vários tipos de intervenções, de acordo com a necessidade do praticante", pontua.
Ludmila Reis, mãe da praticante Manuela, acompanha semanalmente a filha no tratamento, e comentou sobre a maternidade e como a reabilitação é primordial. "Quem tem um filho com deficiência pensa muito no presente, mas também pensa muito no futuro dessa criança, de como vai ser a vida dela, e a equoterapia traz essa esperança para a gente!", reflete.
O Centro de Equoterapia, em três meses de funcionamento, já realizou cerca de 150 atendimentos e os participantes podem realizar as sessões uma vez por semana, com duração média de até 45 minutos e o tratamento completo pode durar até um ano. Todos os profissionais possuem curso de formação e especialização profissional, através da Associação Nacional de Equoterapia (ANDE). Além disso, o espaço possui quatro cavalos, que antes de se integrarem ao método, passam por treinamento a fim de que o tratamento dê resultados satisfatórios, sendo previamente escolhidos de acordo com as características que melhor se adaptam às necessidades de cada praticante.