Confira os números de casos suspeitos e confirmados, vidas perdidas e as medidas adotadas no enfrentamento à doença, assim como o avanço da vacinação e a queda nos índices. Rastrear as mutações do vírus é fundamental para combater a pandemia de covid-19
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Quase 2 anos se passaram desde o dia 31 de dezembro de 2019, quando a Organização Mundial de Saúde (OMS) emitiu o primeiro alerta do novo coronavírus, após autoridades chinesas notificarem casos de uma misteriosa pneumonia na cidade de Wuhan. Em Juiz de Fora, durante o ano de 2020, foram 504 vidas perdidas e mais de 13 mil infectados com a doença. Comércios fecharam as portas, aulas presenciais foram suspensas, missas e outras celebrações religiosas foram adiadas e medidas públicas relacionadas às medidas sanitárias e de saúde para contenção e atendimento à doença foram tomadas pelas autoridades.
Em 2021, com o início da campanha de imunização, no dia 20 de janeiro, um sentimento de esperança e alívio tomou conta da população. A técnica de enfermagem Denise Maria Rocha de Freitas, de 43 anos, foi a primeira pessoa a tomar a dose da vacina contra a Covid-19 no município. Até o dia 31 de dezembro, eram 48.592 notificações positivas e 2.076 óbitos desde o início da pandemia.
Para relembrar a situação epidemiológica da Covid-19 em Juiz de Fora no ano de 2021, o g1 fez uma retrospectiva. Confira os números de casos suspeitos e confirmados, vidas perdidas e as medidas adotadas no enfrentamento à doença, assim como o avanço da vacinação e a queda nos índices.
Leia a retrospectiva feita em 2020: Vidas contadas: após um ano do surgimento da Covid-19, G1 traça perfil da doença em Juiz de Fora
Veja o último boletim epidemiológico de 2021: cidade segue sem registro de óbitos
Comparativo 2020 x 2021
Mortes confirmadas
VÍDEO DE OUTUBRO DE 2021 - A dor da perda - mais de 2 mil mortes por Covid-19 foram registradas em Juiz de Fora
De acordo com os dados analisados pelo g1, março de 2021 foi o mês com mais registros de vítimas pela Covid-19; 286. Em abril, o número foi de 336 e o período se manteve como o pior até o momento.
Em maio, os números começaram a cair, com registro de 201 óbitos. Em junho, 132; julho, 86; e agosto, 55 vidas perdidas.
Em setembro, foram 50 mortes até o dia 30. Já em outubro, foram 32 mortes registradas. Em novembro, 44 vidas perdidas. Já em dezembro, foram registradas 14 mortes.
Casos confirmados
O primeiro boletim de Juiz de Fora foi publicado no dia 26 de março de 2020. Na época, a cidade já contava com 26 casos confirmados da Covid-19. Até o fim daquele mês, foram registradas 31 notificações positivas da doença.
Um ano depois, o município registrou o pior período da pandemia em relação aos infectados pelo novo coronavírus. Em abril de 2021, Juiz de Fora contabilizou 5.005 casos confirmados pela Covid-19.
O recorde até então era de março deste ano. Durante 31 dias, a cidade teve 4.872 notificações positivas. Em maio, foram 4.163 registros. Já em junho, 3.787 e em julho, 3.697.
Ainda segundo os dados, em agosto, foram 2.361 e até o dia 30 de setembro, 1.934. Em outubro foram 1.331 novos casos, em novembro, foram 1.117.
Já em dezembro, foram 320 casos. Vale ressaltar que a Prefeitura ficou do dia 9 ao dia 22 de dezembro sem divulgar casos confirmados.
Cenário
Durante o mês de janeiro de 2021, os números apontavam que o município registrava uma letalidade por Covid-19 maior do que as médias mineira e brasileira.
Sobre a ocupação de leitos de Covid-19 na cidade, 7 hospitais de Juiz de Fora registraram mais de 80% da ocupação de leitos de Unidade de Terapia Intensiva (UTI), sendo que dois chegaram a 100%. A informação é do Boletim Municipal da Prefeitura do dia 16 de janeiro.
Fevereiro foi considerado, até então, o 3º mês com maior número de mortes desde o início da pandemia. Em 26 dias de fevereiro, foram contabilizados 86 vítimas.
O mês de março foi o pior período desde o início da pandemia da Covid-19 em Juiz de Fora. Durante os dias 1° e 31, foram registrados 286 mortes pelo novo coronavírus e 4.872 casos confirmados. Além disso, em três meses, 2021 superou números de 2020.
Prefeitos e secretários se reúnem em Juiz de Fora para discutir situação da Covid-19 na Zona da Mata
Prefeitura/Divulgação
Pela primeira vez desde o início da pandemia, Juiz de Fora atingiu a marca de 500 pessoas hospitalizadas com Covid-19. Ao todo, eram 515 pessoas internadas com a doença em enfermarias e leitos de Unidade de Terapia Intensiva (UTI) em hospitais públicos e privados no dia 16 de março.
Posteriormente, no dia 27, Juiz de Fora bateu um novo recorde de hospitalizações, com 637 pessoas internadas com a doença em unidades públicas e privadas.
No início do mês de junho, Juiz de Fora apresentou queda na média móvel de mortes, com 5 óbitos por dia. Já no fim do mesmo mês, a média móvel teve um aumento de 7%.
Em julho, o município de Juiz de Fora registrou redução de quase 40% no número de mortes pela Covid-19 em julho em relação ao mês de junho.
O município de Juiz de Fora completou agosto com menor número de mortes pela Covid-19 desde novembro de 2020. Em agosto, a cidade registrou 55 mortes em 31 dias.Além disso, a cidade atingiu a marca de 3 semanas consecutivas com menos internações.
Na penúltima semana de setembro, Juiz de Fora apresentou aumento no número de casos confirmados. Foram 577 novos casos foram registrados no intervalo de uma semana. No entanto, o mês foi o 5º consecutivo com queda no número de mortes.
Em outubro, a cidade registrou aumento no ritmo de transmissão e óbitos por Covid-19. Em 20 dias do mês de novembro, Juiz de Fora registrou 40 mortes pela Covid-19; o número já era maior do que o total de óbitos registrado em todo o mês de outubro, que foram 32.
Entre os dias 29 de novembro e 3 de dezembro, Juiz de Fora registrou 5 mortes pela Covid-19. Os dados são dos boletins epidemiológicos divulgados pela Prefeitura diariamente. Apesar de baixo número de mortes, casos confirmados ainda são elevados em Juiz de Fora.
O último boletim semanal de 2021, que analisa a situação epidemiológica de Juiz de Fora referente à Covid-19, apresentou índices estáveis da doença no município. Durante toda a semana, entre segunda (27) e sexta-feira (31), não houve registro de nenhuma morte pela Covid-19. Além disso, durante o período, o número de pacientes internados manteve-se estável, com números que variam entre 47 e 61 internações.
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Ações e medidas
Retomada econômica
Já no dia 25 do mesmo mês, a prefeita Margarida Salomão (PT) anunciou a saída de Juiz de Fora do programa estadual "Minas Consciente". Juiz de Fora aderiu ao programa criado pelo Governo de Minas em maio de 2020, na gestão do então prefeito Antônio Almas (PSDB). Na época, a cidade estava na Onda Vermelha, considerada a mais restritiva.
Margarida Salomão anuncia saída de Juiz de Fora do 'Minas Consciente'
No dia 4 de janeiro, a prefeita Margarida Salomão (PT) anunciou o fim do Comitê Covid-19 e a criação do Fórum de Defesa da Vida em Juiz de Fora. A chefe do Executivo informou que a medida teve como objetivo construir os próximos passos a serem tomadas pela Prefeitura, juntamente com os setores e a sociedade civil organizada, em relação à Covid-19 e a retomada econômica.
Posteriormente, foi instituído o "Juiz de Fora pela Vida" que substitui o programa estadual e foi divido em cinco faixas de classificação: roxa, vermelha, laranja, amarela e verde.
Em setembro, a prefeita Margarida Salomão (PT) anunciou em uma live nas redes sociais a criação do novo programa de retomada das atividades econômicas e sociais, o “Juiz de Fora Viva - Cidade em Movimento”. O novo programa substituiu o “Juiz de Fora pela Vida” e é dividido em três etapas de acordo com o percentual de vacinados. Atualmente, a cidade está na 2ª etapa do programa, com mais de 70% da população vacinada.
Além disso, foi criado o Comitê de Recuperação Econômica (Corec) para discutir e estabelecer medidas emergenciais de recuperação do setor produtivo durante a pandemia da Covid-19 na cidade. Comerciantes realizaram manifestações pela reabertura do setor, que estava de portas fechadas em Juiz de Fora.
A Câmara criou a "Comissão de Recuperação Econômica da Câmara Municipal de Juiz de Fora (Comprec)" para debater medidas sobre a crise financeira causada pela pandemia de Covid-19. Foram realizadas diversas reuniões com a Prefeitura para discutir a situação.
Fiscalização
Foto de abril, durante o "Fiscalização pela Vida" em Juiz de Fora
Prefeitura/Divulgação
Para contribuir no combate à pandemia do coronavírus, a Prefeitura de Juiz de Fora iniciou a operação “Fiscalização pela Vida”. Segundo a Administração Municipal, a ação tem foco pedagógico e de sensibilização, e busca estimular a população a seguir os cuidados e protocolos de segurança.
A operação “Fiscalização pela Vida” é uma atuação conjunta dos fiscais de posturas da Secretaria de Sustentabilidade em Meio Ambiente e Atividades Urbanas (Sesmaur); dos guardas municipais da Secretaria de Segurança Urbana e Cidadania (Sesuc); dos agentes de transporte e trânsito da Secretaria de Mobilidade Urbana (SMU), da Agência de Proteção e Defesa do Consumidor (Procon) e da Polícia Militar de Minas Gerais (PMMG). A ação é coordenada pela secretária de Governo, Cidinha Louzada.
Organizadores de festas clandestinas podiam ser multados em R$ 20 mil em Juiz de Fora. A penalidade está prevista no Projeto de Lei (PL) de autoria do vereador Bejani Júnior (Podemos) que foi sancionado pela prefeita Margarida Salomão (PT) no dia 24 de julho. Em setembro, entrou em vigor a lei que suspende as multas para organizadores de eventos clandestinos.
Criação de leitos e outras medidas de saúde pública
Novo leito de UTI Covid criado em Juiz de Fora
Prefeitura/Divulgação
Com o objetivo de "desafogar" a realização dos testes na Universidade Federal de Juiz de Fora (UFJF) e na Fundação Ezequiel Dias (Funed), o Governo de Minas Gerais firmou uma parceria com a Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz) para realização de exames da Covid-19 da Regional de Juiz de Fora.
Diversos editais para contratação temporária de profissionais da saúde para aturem na linha de frente da Covid-19 também foram divulgados.
Além disso, foram criados leitos para atendimento de pacientes com Covid-19 no município. Com a queda no número de pessoas internadas com Covid-19 em Juiz de Fora, a Prefeitura iniciou a desativação dos leitos destinados a pacientes com coronavírus. Em outubro, eram 117 leitos desativados e revertidos para atendimento de outras doenças.
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Vacinação
EM JANEIRO - Romeu Zema e a prefeita de Juiz de Fora, Margarida Salomão
Gil Leonardi/Imprensa MG
O governador Romeu Zema (Novo) acompanhou, no dia 15 de janeiro, a distribuição de seringas para a vacinação da Covid-19 em Juiz de Fora. Foram entregues 294 mil para a Regional de Saúde do município. Durante visita à cidade, o político também se reuniu com prefeitos da região.
Posterioemente, a Prefeitura anunciou o Plano Municipal de Vacinação. No dia seguinte, o município recebeu 30.300 doses da CoronaVac para a primeira etapa da vacinação contra a Covid-19.
A técnica de enfermagem Denise Maria Rocha de Freitas, de 43 anos, foi a primeira pessoa a tomar a dose da vacina, no dia 20 de janeiro. Durante o primeiro dia de vacinação contra a Covid-19, 60 profissionais de saúde receberam a primeira dose da CoronaVac em Juiz de Fora. Em dois dias de vacinação, 1.092 pessoas foram vacinadas.
Técnica de enfermagem Denise Maria Rocha de Freitas, de 43 anos, é a primeira a ser vacinada em Juiz de Fora
Instagram/Reprodução
Em seguida, começou a imunização de diversos grupos prioritários e a população em geral foi vacinada e, atualmente, todos os adolescentes a partir de 12 anos podem receber o imunizante, disponível também para segundas doses e de reforço vacinal.
Motoristas e cobradores de Juiz de Fora realizaram uma paralisação em protesto para pedir que a categoria seja vacinada contra a Covid-19. A categoria alegou que os motoristas e cobradores também são trabalhadores da linha de frente e de alto risco para contágio do novo coronavírus, já que são do serviço essencial. Doze trabalhadores do transporte coletivo urbano de Juiz de Fora morreram vítimas da Covid-19, desde o início da pandemia.
Em junho, a vacinação com a 1ª dose atinge 50% do público-alvo em Juiz de Fora. No que se refere à aplicação de segunda dose, a cobertura vacinal estava em 22,74%.
Já em setembro, eram 93% da população acima de 18 anos vacinada com a 1ª dose e 205.790 pessoas com a 2ª. Durante o mês, foi iniciada a aplicação da 3ª dose em idosos institucionalizados contra a Covid-19. Adolescentes também começaram a ser imunizados.
Uma das cenas de esperança de 2021 - Milton Nascimento, cantor e compositor, recebendo a dose se reforço contra a Covid-19 em Juiz de Fora
Reprodução/Redes Sociais
A vacinação contou com suporte de diversos locais como o Sport Club Juiz de Fora, onde mais de 200 mil vacinas foram aplicadas; Círculo Militar; RU da UFJF, Sesc JF; além de prédios utilizados pela Prefeitura, como o Pam Marechal e, atualmente, o Espaço Cidade.
Além disso, a imunização também ocorreu em locais voltados à públicos específicos, como nas Instituições de Longa Permanência para Idosos (ILPIs), na Associação de Livre Apoio ao Excepcional (Alae), no Departamento de Saúde do Idoso (DSI), entre outros.
Para ampliar os pontos de vacinação no município, a Prefeitura de Juiz de Fora divulgou, no dia 5 de abril, que mais 4 Unidades Básicas de Saúde (UBSs) irão oferecer a vacinação contra a Covid-19. Com isso, um total de 45 UBSs agora contam com a oferta de imunização na cidade.
No dia 28 de dezembro, Juiz de Fora atingiu a marca de 1 milhão de doses de vacinas aplicadas contra a Covid-19. A campanha de imunização contra a Covid-19 na cidade se aproxima de 90% da população com ao menos uma dose recebida e de 80% com a 2ª dose. São 464.399 pessoas com a dose inicial, sendo que 419.409 já tomaram a segunda, além das 118.020 pessoas que já tiveram acesso à vacina de reforço.
Denúncias
Lei prevê multa de R$50 mil para quem furar fila da vacinação em Juiz de Fora
Ainda sobre a vacinação, no dia 4 de janeiro, a Ouvidoria de Saúde de Juiz de Fora apurava 57 denúncias de "fura-filas" para a vacinação contra a Covid-19 no município. Os principais envolvidos são profissionais como cabeleireiros, jornalistas e profissionais aposentados, que não estão na ativa. Um caso foi confirmado.
No dia 12, a 20ª Promotoria de Justiça instaurou 8 procedimentos administrativos para verificar a adequação da vacinação contra a Covid-19 em Juiz de Fora. Além disso, o MPMG recebeu dezenas de denúncias, que são apuradas no momento. A investigação verifica a imunização em hospitais públicas e privados, que não tiveram os nomes revelados.
A Ouvidoria Municipal de Saúde de Juiz de Fora registrou, até o dia 26 de março, cerca de 20 denúncias de possíveis fraudes de atestados e receitas médicas apresentados para a vacinação contra a Covid-19 no município. Outras 226 denúncias referentes a casos de "fura-filas" também deram entrada no órgão, desde janeiro de 2021.
A Comissão de Saúde Pública da Câmara de Vereadores de Juiz de Fora solicitou que a Secretaria Municipal de Saúde verificasse o panorama da vacinação contra a Covid-19 na cidade. Durante o encontro, os parlamentares apontaram a necessidade de ampliação dos locais de imunização.
O vereador de Juiz de Fora, Sargento Mello (PTB), denunciou nas redes sociais dele no dia 26 de maio que 17.789 doses de vacinas contra a Covid-19 foram perdidas desde o início da imunização.
No dia seguinte, a Vigilância Sanitária Estadual realizou uma vistoria durante a vacinação contra a Covid-19 em Juiz de Fora. A ação ocorreu a pedido do Ministério Público de Minas Gerais (MPMG) e verificou a aplicação do imunizante da Pfizer na cidade. O Ministério Público de Minas Gerais (MPMG), a Superintendência Regional de Saúde (SRS) de Juiz de Fora e a Prefeitura realizaram uma reunião para esclarecer a situação das doses perdidas de vacina contra a Covid-19 no município.
A Secretária de Saúde da Prefeitura de Juiz de Fora, Ana Pimentel, prestou esclarecimentos sobre a evolução do processo de vacinação contra a Covid-19 na cidade.
Sargento Mello se manifesta
Redes Sociais/Reprodução
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Volta às aulas
Por causa do avanço do coronavírus, o antigo prefeito Antônio Almas (PSDB) anunciou, no dia 16 de março, a suspensão por tempo indeterminado as aulas na rede municipal de ensino de Juiz de Fora.
Movimento Escolas Abertas realizou ato em Juiz de Fora
Movimento Escolas Abertas/Divulgação
Com as aulas presenciais suspensas, pais e estudantes relataram as dificuldades no aprendizado na modalidade remota de ensino. Das 101 escolas da rede municipal de Juiz de Fora, algumas ainda estavam terminando o ano letivo de 2020 e outras já haviam iniciado o recesso escolar. Além disso, manifestações também foram realizadas por pais e responsáveis.
As atividades na UFJF já tinham sido suspensas no dia 17 de março de 2020 por causa da pandemia da Covid-19 e, desde então, o Comitê da UFJF recomenda a paralisação dos serviços. As aulas práticas de alguns cursos de saúde da Universidade Federal de Juiz de Fora (UFJF) retornaram no dia 5 de julho, após aprovação de período suplementar.
Em junho, uma decisão judicial determinou que Juiz de Fora seguisse o "Minas Consciente" para a retomada das aulas presenciais após o MPMG ajuizar uma ação para que a Administração viabilizasse a definição de um cronograma.
Na ocasião, a Prefeitura recorreu e recebeu parecer favorável para seguir o próprio programa, o "Juiz de Fora pela Vida", no entanto, a mesma teve que apresentar o programa de critérios científicos. Posteriormente, o MPMG alegou descumprimento do documento e comunicou ao Tribunal de Justiça de Minas Gerais (TJMG) sobre a situação.
Apesar disso, o TJMG manteve a autonomia do Município para decidir sobre a volta às aulas, o que ocorreu no dia 8 de setembro com a divulgação do calendário escolar presencial. Para que a retomada ocorresse de forma segura, a Prefeitura estabeleceu alguns protocolos que devem ser seguidos pelas escolas.
A volta ocorreu de forma híbrida, gradual e facultativa. Relembre as datas de retorno:
Educação infantil: 27 de setembro;
Educação fundamental I e Ensino de Jovens e Adultos (EJA): 4 de outubro;
Ensino fundamental II e ensino médio: 11 de outubro;
Ensino superior: 18 de outubro.
Acordo foi assinado pelo MPMG e Prefeitura de Juiz de Fora
MPMG/Divulgação
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Faixa Roxa
No dia 8 de março, foi o 1º dia de vigência da faixa roxa, a mais restritiva do programa de retomada econômica. Agentes de transporte e trânsito realizaram vistorias nos ônibus para impedir lotação nos veículos. Equipes da Fiscalização pela Vida, Procon e Guarda Municipal também fiscalizam o cumprimento do decreto. Comerciantes protestaram contra a regressão.
Primeiro dia na faixa roxa é marcado por protesto e restrições em Juiz de Fora
A Prefeitura de Juiz de Fora publicou novas restrições dentro da Onda Roxa do "Minas Consciente". Uma delas, é que o transporte coletivo urbano deve funcionar de 5h às 20h, com a capacidade integral e sem passageiros em pé. Uma semana depois, a 2ª Vara da Fazenda Pública e Autarquias Municipais de Juiz de Fora determinou o retorno imediato da circulação do transporte coletivo urbano sem limitação de horário.
A reabertura do comércio e de atividades não essenciais em Juiz de Fora em meio ao agravamento da pandemia de Covid-19 foi debatido entre os vereadores durante a reunião ordinária da Câmara Municipal. Na sessão, foram aprovados dois encaminhamentos relativos ao assunto. O primeiro foi um requerimento, direcionado à Prefeitura de Juiz de Fora, pedindo a reabertura de todo o comércio e atividades empresariais, apesar da cidade estar enquadrada na Onda Roxa do programa estadual "Minas Consciente".
Após a regressão para a faixa roxa, a Arquidiocese de Juiz de Fora divulgou uma série de orientações para as celebrações Semana Santa. Entre as mudanças estão a não distribuição de ramos, cancelamento da cerimônia de lava-pés e omissão do beijo na cruz na Sexta-feira Santa.
Durante o período Prefeitura de Juiz de Fora anunciou o fechamento de praças do município por causa do avanço da Covid-19 no município. Segundo o Executivo, o fechamento é necessário para que os hospitais consigam se organizar e evitar lotações de leitos que impeçam o atendimento ideal dos pacientes da doença na cidade. O Parque Halfed também foi fechado.
A Prefeitura de Juiz de Fora suspendeu os procedimentos ambulatoriais eletivos em toda a rede privada e do Sistema Único de Saúde (SUS). Além disso, as cirurgias eletivas em toda a rede de Saúde seguem suspensas, seguindo a determinação do Governo de Minas. A medida é mais restritiva que a imposta pelo programa estadual "Minas Consciente" e valeu durante a Onda Roxa.
Variantes
Covid-19: superintendente de Saúde fala sobre suspeita de variante indiana em Juiz de Fora
O 1º paciente com suspeita da variante indiana ficou internado na Santa Casa de Misericórdia de Juiz de Fora. Conforme notiicado no dia 25, o quadro de saúde do paciente era considerado estável. O caso foi confirmado no dia 27. Os profissionais que atenderam paciente com a variante indiana são monitorados em Juiz de Fora
Uma idosa de 74 anos, moradora do Rio de Janeiro, morreu em Juiz de Fora no di 21 de agosto. Ela testou positivo para a variante delta. A idosa visitava familiares em Rio Novo quando recebeu o diagnóstico positivo. Segundo a Prefeitura de Rio Novo, ela chegou a receber atendimento médico no município, mas foi transferida para Juiz de Fora e internada em uma Unidade de Tratamento Intensivo (UTI), onde morreu após complicações pela doença.
Até o dia 17 de setembro, Juiz de Fora apresentava 123 notificações positivas das variantes P.1*, P.2, B.1.1.7*, B.1.1.28, B.1.17*, B.1.617.2* (variante delta) e também com outras linhagens, sem especificações. Em outubro, o número era de 162 notificações. Atualmente, o número é de 382.
No que se refere à variante delta, Juiz de Fora é a 2ª cidade com o maior número de amostras com a cepa detectada, contabilizando 312 casos.
No dia 29 de dezembro, 2 pacientes testaram positivo para a variante ômicron. Na ocasião, a Prefeitura informou que eles voltaram de viagem no exterior recentemente.
"Os casos são monitorados pela Vigilância Epidemiológica que realizou todos os protocolos de isolamento. Um deles manifestou sintomas leves e o outro está assintomático. Para conter o avanço da variante, bem como das outras cepas, a Secretária de Saúde (SS) reforça a importância da vacinação completa contra a Covid-19 e da manutenção dos cuidados, como uso correto da máscara, higienização frequente das mãos com água, sabão ou álcool em gel", informou em nota.
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