Foi aprovado em assembleia o reajuste oferecido pela empresa de 11,19% no salário e 7,5% no ticket, que já começam a ser pagos em fevereiro. Imagem de arquivo mostra ônibus urbano em Juiz de Fora
Banco de imagens/g1
O Sindicato dos Trabalhadores em Transporte Rodoviário de Juiz de Fora (Sinttro) aprovou em assembleia nesta quarta-feira (26) a última proposta de reajuste salarial feita pelas empresas do transporte coletivo urbano no município. Com isso, está suspensa a realização de qualquer tipo de greve de ônibus.
De acordo com o Sinttro, foi aprovado em assembleia o reajuste oferecido pela empresa de 11,19% no salário e 7,5% no ticket. Em novembro de 2021 a categoria já havia tido um aumento de 2,5% no ticket.
Anteriormente os empresários ofereceram reajuste de 2% que foi rejeitado pela diretoria do Sindicato e houve manifestação no Centro da cidade. Uma nova proposta de 6,5% foi oferecida e também rejeitada. Com a revisão do reajuste aceito pela classe durante a assembleia geral nesta quarta fica suspenso qualquer indicativo de greve.
O novo reajuste já começa a valer no próximo pagamento em fevereiro, referente ao mês de janeiro. O Ticket passa para R$ 410. Segundo o Sinttro, a classe estava há 2 anos sem reajuste.
Em relação à demissão de cobradores do transporte coletivo urbano, o Sinttro afirmou que a pauta não está em discussão no momento.
Entenda
Protesto de trabalhadores do transporte coletivo em Juiz de Fora
Sinttro/ Divulgação
Trabalhadores do setor de transporte coletivo de Juiz de Fora protestaram no dia 20 de janeiro contra a demissão de cobradores do transporte coletivo urbano e o reajuste salarial.
A manifestação foi organizada pelo Sinttro, que haviam sinalizado a possibilidade de uma greve para esta semana, caso não ocorressem negociações.
O g1 entrou em contato com a Prefeitura de Juiz de Fora para solicitar um posicionamento em relação à manifestação do dia 20 e recebeu a seguinte nota. (veja abaixo)
"Sobre a informação divulgada de que a Prefeitura de Juiz de Fora quer “tirar os cobradores”, é necessário esclarecer: a Prefeitura nunca fez essa proposta; o Executivo garantiu em pactuação com as empresas e em lei aprovada pela Câmara que não haverá perda de nenhum posto de trabalho; e a Prefeitura se alinha com a defesa do trabalho e dos trabalhadores."
Nota Astransp
"Após a categoria profissional aceitar a proposta derradeira de correção salarial, do INPC dos últimos dois anos, período durante o qual não tiveram reajuste, as categorias irão celebrar o acordo coletivo, com todas as cláusulas econômicas e sociais e com previsão de que continuarão a debater a cláusula do cobrador. Mas a Astransp destaca o esforço feito pelas empresas neste período.
Mesmo com o imenso prejuízo acumulado - já desde antes da pandemia da Covid-19, quando as operadoras já não eram remuneradas pelos custos do sistema, que está sofrendo muito com a expressiva queda de demanda, fazem mais um sacrifício para atender os colaboradores, que também tem dado sua parcela de contribuição, e, evitam uma greve que traria muito transtornos à população".
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