Neste domingo (27), O TEMPO estreia uma minissérie documental em seis episódios que narra os principais temas e acontecimentos de 2020, marcado por tragédias, isolamento social, e, principalmente, por mudanças estruturais na economia e na vida das pessoas.
O primeiro capítulo da retrospectiva vai ao ar, no YouTube, às 19h30 e, o restante, será publicado diariamente até o final deste ano.
Caso Backer – 27/12
O ano começou com um mistério relacionado a problemas renais em moradores de Belo Horizonte. Investigações iniciadas pelos próprios consumidores e aprofundadas pela Polícia Civil, Ministério Público e Ministério da Agricultura indicariam a intoxicação causada por cervejas da marca mineira de cerveja artesanal Backer.
Meses depois, 29 pessoas foram identificadas como vítimas, e 11 já comprovaram despesas e obtiveram liberação de valores para ressarcimento dos danos causados por intoxicação por monoetilenoglicol.
Chuvas em Minas – 28/12
Uma hecatombe pluviométrica atingiu Belo Horizonte, região metropolitana e partes do interior de Minas Gerais entre janeiro e março deste ano.
Com saldo de mais de 50 mortes no Estado e recorde histórico em volume de chuvas – o maior desde o início da série histórica há 110 anos – grande parte da capital ficou destruída, e cenas simbólicas, como o ribeirão Arrudas ter “tomado de volta” a avenida Tereza Cristina, com elevação do nível em mais de 10 metros, marcaram o período.
Carnaval – 29/12
Incerteza, repressão policial e a consolidação do crescimento astronômico da folia em Belo Horizonte foram a tônica do Carnaval de 2020. A festa, que reuniu cerca de 5 milhões de pessoas na capital mineira, viu cenas de violência, blocos impedidos de desfilar e, em contradição, muita alegria e glitter espalhados pelas ruas da cidade.
Pandemia – 30/12
As ruas tomadas por foliões dariam lugar ao esvaziamento resultante do isolamento social adotado para conter o coronavírus. No último 18 de março, o prefeito e Belo Horizonte, Alexandre Kalil (PSD), decretou que a cidade deveria fechar todo o comércio não essencial para conter o que, à época, era um vírus quase desconhecido – Sars-Cov-2, causador da Covid-19.
O movimento ocorreu sete dias após a Organização Mundial de Saúde (OMS) decretar que a doença havia se transformado em uma pandemia. Negada por parte da população, a Covid-19 mudou completamente a forma como o mundo funcionou em 2020 e, só no Brasil, até agora, ceifou a vida de quase 200 mil pessoas.
Desastres – 31/12
Duas marcas envolvendo tragédias minerárias ocorreram em 2020 – cinco anos desde que a barragem de Fundão, em Mariana, cedeu, e um ano desde que a mina do Córrego do Feijão, em Brumadinho, colapsou. Ambos eventos, porém, não foram os únicos desastres que marcaram 2020.
As queimadas na Amazônia e no Pantanal destruíram grande parte da fauna e da flora das regiões, e ganharam manchetes internacionais, pressionando governos e empresas brasileiras.
Racismo – 1/1
George Floyd, um homem negro estadunidense, foi sufocado durante 7 minutos e 46 segundos por um policial branco, sem motivo que justificasse o ataque.
A situação, corriqueira para as populações negras mundo afora, fez com que diversos levantes emergissem nos Estados Unidos e no mundo contra a violência policial e o racismo estrutural que justifica, nas forças de segurança, o genocídio da população negra.