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Dudu Nobre exalta o Carnaval do Rio de Janeiro em álbum com sambas que se tornaram hinos informais das escolas

Por Redação

15/02/2022 às 15:40:45 - Atualizado há
? Existem os sambas-enredos oficiais, os que as escolas de samba apresentam na avenida. E existem os sambas extraoficiais, os que exaltam e animam as agremiações nos ensaios, nas quadras e nas concentrações dos componentes das escolas antes do desfile. São a esses sambas que Dudu Nobre dá voz no álbum Sambas de exaltação RJ, lançado na sexta-feira, 11 de fevereiro.

No disco, o cantor, compositor e músico carioca reúne hinos informais de 15 escolas de samba de Niterói (RJ), da Baixada Fluminense (RJ) e da cidade do Rio de Janeiro (RJ).

A seleção de repertório inclui dois sambas extremamente populares que extrapolaram o circuito folião. São os casos de Exaltação à Mangueira (Enéas Brites da Silva e Aloísio Augusto da Costa, 1955) e de Portela na avenida (Mauro Duarte e Paulo César Pinheiro, 1981), lançados nas vozes dos cantores Jamelão (1913 – 2008) e Clara Nunes (1942 – 1983), respectivamente.

Em contrapartida, há sambas até então inéditos em disco, casos de A São Clemente vem aí (Wilson Magnata) e de Exaltação ao padroeiro São Sebastião (Daniel Silva), este da escola Paraíso do Tuiuti.

Já Estrela de Madureira (Acyr Pimentel e Cardoso, 1975) foi samba-enredo que disputou a eleição para ser cantado pela escola Império Serrano no Carnaval de 1975, ano em que a escola de Madureira levou para a avenida o enredo em homenagem à vedete Zaquia Jorge (1924 – 1957).

Capa do álbum 'Sambas de Exaltação RJ', de Dudu Nobre

Divulgação

Derrotado na disputa, o samba foi gravado pelo cantor Roberto Ribeiro (1940 – 1996) e atravessou gerações sem perder o brilho melódico e poético. Estrela de Madureira é um dos destaques do repertório do álbum Sambas de exaltação RJ.

Já Cartão de identidade (Jorge Carioca e Djalma Crill) e O dia vai chegar (Júlio Alves) são sambas conhecidos por todos os seguidores e componentes das escolas Mocidade Independente de Padre Miguel e Unidos da Tijuca, respectivamente, mas que quase nunca foram gravados.

Para tentar reproduzir no disco o clima das quadras e das concentrações, com fidelidade à sonoridade do canto de sambas como Rainha de Ramos (Guga, Preto Jóia e Toninho Geraes) e Torrão amado (Buguinho e Iraci Mendes), hinos nas quadras da Imperatriz Leopoldinense e Acadêmicos do Salgueiro, Dudu Nobre arregimentou os arranjadores Kayo Calado, Rafael Prates e Victor Alves.

Para garantir o calor da batucada, o sambista convocou diretores de bateria da Mangueira e da Unidos da Vila Isabel – escola exaltada com o samba Sou da Vila e não tem jeito (Jorginho Saberás, Rodolpho de Souza e Vilani Silva).

Somente pela reunião e registros desses 15 sambas, o disco de Dudu Nobre presta bom serviço à memória do Carnaval do Rio de Janeiro.
Fonte: G1
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