Uma das maiores produtoras de zinco do mundo, a Nexa fechou o ano com alta de 34% na receita em relação a 2020 A mineradora Nexa Resources, controlada pelo grupo Votorantim, com ações listadas na Bolsa de Nova York, informou nesta noite que obteve lucro líquido de US$ 156 milhões no ano passado, revertendo prejuízo de US$ 653 milhões em 2020.
Naquele ano, o resultado foi afetado pelas perdas dos efeitos contábeis não caixa (impairment), decorrentes das paralisações forçadas pela covid-19 em suas operações no Brasil e, principalmente, no Peru.
Uma das maiores produtoras de zinco do mundo, a Nexa fechou o ano com alta de 34% na receita em relação a 2020, que atingiu US$ 2,6 bilhões. O Ebitda ajustado foi recorde, com US$ 704 milhões, um acréscimo de 75% na mesma base de comparação.
Segundo a empresa, em comunicado, os melhores preços no mercado internacional e os maiores volumes comercializados impulsionaram o desempenho da Nexa em 2021. No ano, foram produzidas 320 mil toneladas de zinco, 30 mil de cobre, 46 mil de chumbo e 8,8 milhões de onças de prata, dentro das projeções apresentadas ao mercado.
Reprodução/Nexa Resources
As vendas de zinco metálico e óxido de zinco, por sua vez, somaram 619 mil toneladas no ano, 6% maiores do que no ano anterior. Segundo a empresa, isso se deveu a uma “sólida demanda global”, à recuperação dos mercados domésticos em que atua e à maior produção.
A Nexa encerrou o quarto trimestre com lucro líquido de US$ 11 milhões, enquanto a receita líquida somou US$ 678 milhões, com alta de 7% sobre um ano atrás. O Ebitda (sigla em inglês para lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortização) ajustado atingiu US$ 136 milhões.
Ignacio Rosado, CEO da Nexa, que assumiu o cargo em janeiro no lugar de Tito Martins, destacou sua primeira divulgação de resultados na condição de presidente, e disse que a Nexa está preparada para um crescimento contínuo devido à sua posição única na América Latina, com “ativos emblemáticos e um balanço sólido”.
Programa de investimentos
Para este ano, informou a Nexa, os investimentos estão estimados em US$ 385 milhões, valor que reflete pressões inflacionárias de custos em diversos insumos, como contratos de terceiros, equipamentos, logística, entre outros.
Sobre seu principal projeto, o de Aripuanã, no Mato Grosso, houve uma revisão do orçamento total estimado entre US$ 575 milhões e US$ 595 milhões para US$ 625 milhões.
As obras do empreendimento também sofrem um certo atraso na conclusão. A entrada em operação da nova mina está programada para o terceiro trimestre de 2022. Antes, a previsão é que as obras ficassem prontas até o fim deste trimestre.
A produção estimada da mina, um projeto de classe mundial, é de aproximadamente 120 mil toneladas anuais de zinco equivalente.
No ano passado, o montante investido pela empresa totalizou US$ 508 milhões, em linha com os US$ 510 milhões previstos. Desse valor, 53% foram destinados a projetos de expansão, a maior parte no Aripuanã (US$ 258 milhões).
Para área de exploração mineral e avaliação de projetos, neste ano a Nexa prevê alocar US$ 64 milhões, pouco acima dos US$ 58 milhões de 2021.