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Grupo Itapemirim adia audiência na Justiça sobre repasses à ITA e pedido de afastamento de Sidnei Piva



A Itapemirim conseguiu postergar na Justiça a audiência marcada para essa quarta-feira (16), que iria analisar o agravo de instrumento que pede a nomeação de responsável por avaliar as saídas de caixa das empresas em recuperação judicial, assim como o pedido de afastamento do atual presidente do grupo, Sidnei Piva.

Para além da recuperação judicial, a empresa está envolvida em polêmica por causa da companhia aérea ITA, que encerrou suas operações em dezembro após cerca de seis meses em atividade. A paralisação pegou milhares de passageiros de surpresa na véspera das festas de fim de ano.

Credores da viação têm feito duras críticas aos diretores do grupo, que estariam enviando à ITA montantes que deveriam ser destinados ao pagamento de pendências na recuperação judicial.

Audiência que trataria das saídas de caixa e pedido de afastamento do atual presidente do grupo, Sidnei Piva, é adiada para março

Divulgação

Os advogados do grupo Itapemirim solicitaram ao juiz da 1ª Vara de Falências e Recuperações Judiciais de São Paulo, João de Oliveira Rodrigues Filho, a retirada do agravo da pauta de julgamento. O pedido foi concedido e o tema deverá ser analisado em 6 de março.

Desde que deixou de voar, em 17 de dezembro, a Itapemirim Transportes Aéreos (ITA) já consumiu R$ 4,8 milhões do caixa do grupo Itapemirim, que está em recuperação judicial desde 2016. Desde agosto de 2020, são mais de R$ 32 milhões.

Os montantes foram apontados pela EXM Partners, administradora judicial do processo de recuperação do grupo, em janeiro. A EXM também tem feito críticas aos saques realizados pela atual administração nos cofres do grupo.

Credores da viação chegaram a pedir o afastamento da atual diretoria do grupo Itapemirim, em julho, alegando o não cumprimento do cronograma de pagamentos, além de demandarem a nomeação de responsável por monitorar as saídas de caixa da empresa (“watchdog”) e evitar que os interesses dos credores fossem violados em detrimento da companhia aérea.

O pedido foi acatado em primeira instância. O grupo Itapemirim, entretanto, conseguiu liminar na segunda instância enquanto o julgamento não é concluído. O grupo também nega atraso nos pagamentos.

A crise na aérea se agravou a tal ponto que o Ministério público chegou a pedir que fosse decretada a falência da Viação Itapemirim e da ITA. No mercado de turismo, há forte ceticismo sobre uma retomada da ITA aos céus.

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