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Juiz de Fora já registrou o dobro de chuva esperado para todo o mês de fevereiro, aponta Defesa Civil

Por Redação

17/02/2022 às 13:25:22 - Atualizado há
Volume elevado de chuva em curto período de tempo contribui para a manutenção da saturação do solo, aumentando a instabilidade de encostas e a possibilidade de queda de blocos. Relembre os prejuízos causados no município. Zona leste foi a mais afetada pelas chuvas em Juiz de Fora

Rodrigo Souza/G1

Em apenas 15 dias de fevereiro, Juiz de Fora já registou 330 milímetros de chuva, segundo a Defesa Civil. O valor supera a estimativa de 165 milímetros esperados para todo o mês, de acordo com a média histórica medida pelo Instituto Nacional de Meteorologia (Inmet).

Desde o início do ano, a cidade somou um acumulado de quase 700 milímetros de chuva. O período chuvoso já causou vários estragos na cidade: imóveis precisaram ser interditados, ruas ficaram alagadas e córregos transbordaram.

Ocorrências

Conforme a Defesa Civil, o volume elevado de chuva em um curto período de tempo, como aconteceu nos 15 primeiros dias de fevereiro, contribui para a manutenção da saturação do solo, aumentando a instabilidade de encostas e a possibilidade de queda de blocos.

Do dia 1º de janeiro ao dia 15 de fevereiro deste ano, foram atendidas 786 ocorrências. A maior parte dessas notificações são relacionadas a deslizamentos de solo e a região mais afetada foi a leste, com 277 ocorrências.

Chuvas em Juiz de Fora

Chuva deixa moradores do Bairro Industrial ilhados em Juiz de Fora nesta terça-feira (15)

Bruno Ribeiro/g1

Na última terça-feira (15), o Bairro Industrial amanheceu com várias ruas alagadas. Na esquina das ruas Santo Antônio e Barão de Cataguases, região central, a água subiu e invadiu as calçadas. Também no Centro, a Avenida dos Andradas ficou totalmente alagada. A Rua Américo Lobo também ficou completamente inundada. Motoristas tentaram desviar da água para conseguir sair do local.

Segundo a Defesa Civil, cerca de 17 ocorrências foram registradas durante o temporal. A região com mais ocorrências registradas foi a Leste, com 9 chamados, seguida pela Nordeste, com 4. O tipo de ocorrência mais registrado foi escorregamento de talude.

Também neste mês, moradores do Bairro Vitorino Braga voltaram a sofrer com o grande volume de água. Três imóveis com risco de colapsar na Rua Rosa Sffeir precisaram ser demolidos.

A medida foi tomada em caráter emergencial pela Prefeitura, já que a instabilidade das edificações colocava em perigo a vizinhança e a estrutura das casas localizadas na via debaixo, a Rua Vitorino Braga, que precisou ser parcialmente interditada.

Demolição das residências em risco no Bairro Vitorino Braga em Juiz de Fora

Prefeitura de Juiz de Fora/Divulgação

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Em janeiro, também foram registrados escorregamento de talude, ameaça de desabamento, quedas de árvores, trincas em paredes e muros por causa das chuvas que caíram na cidade.

Parte de casa desaba no Bairro Bonfim em Juiz de Fora

Gabriel Landim/TV Integração

Além disso, o rio Paraíbuna registrou a maior cheia dos últimos 20 anos. No dia 10 do mês passado, o nível de água chegou a 3,98 m; O nível normal, segundo a Defesa Civil é de 1,40 metros; o limite máximo que o rio suporta para não trasborda é de 4,35 m.

Diante disso, a Prefeitura declarou situação de emergência em consequência aos estragos causados no município pelas chuvas.

Nível do Rio Paraibuna em Juiz de Fora

Otávio Botti/G1

Defesa Civil alerta

O subsecretário de Proteção e Defesa Civil, Luís Fernando Martins, destacou que o trabalho de prevenção, realizado sob coordenação da Secretaria de Governo (SG), foi essencial para mitigar riscos no município.

Luís Fernando ressaltou, ainda, que as pessoas residentes em áreas de risco geológico precisam ficar atentar aos sinais, como:

surgimento de trincas e fissuras;

verificar se solos e terrenos que apresentam alguma dilatação ou deformação;

observar se dentro das residências há portas e janelas que começam a emperrar, pois são indícios de movimentação do solo que ocorrem de forma gradual.

"Caso observem esses sinais, é necessário entrar em contato com a Defesa Civil através do 199", reforçou.

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Fonte: G1
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