Pacientes têm risco dobrado de surdez em comparação com indivíduos da mesma idade que não são portadores da doença Quando se fala em surdez, a associação com a velhice é imediata. E quando se fala em diabetes, logo vêm à cabeça complicações como o comprometimento da visão, renal ou neuropatias que provocam lesões nos pés. No entanto, a doença também afeta a audição, porque os níveis de açúcar no sangue podem danificar os nervos auditivos, que transmitem sinais do ouvido interno para o cérebro – é ali que os impulsos elétricos são “traduzidos” para o som que reconhecemos.
Diabetes: níveis de açúcar no sangue descontrolados podem danificar os nervos auditivos e afetar a audição
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Pacientes diabéticos têm o dobro de chances de perder a audição, em comparação com indivíduos da mesma idade não portadores da doença. Quem tem pré-diabetes também apresenta um risco aumentado em 30% para surdez. Nesse estágio, os níveis de glicose no sangue estão mais altos do que o normal, mas não o suficiente para um diagnóstico de diabetes tipo 2, mas metade em tal condição acaba desenvolvendo a enfermidade. No Brasil, há cerca de 17 milhões de diabéticos e estima-se que, para cada doente, outras três pessoas estão ameaçadas de enfrentar problema similar.
O controle da glicemia é fundamental porque taxas muito baixas de glicose no sangue são igualmente prejudiciais à audição. O Centro de Controle e Prevenção de Doenças (CDC em inglês), agência que traça as diretrizes de saúde nos EUA, alerta que alguns medicamentos para o controle do diabetes podem afetar a audição e recomenda que o paciente converse com o médico a respeito. A surdez é uma condição que se agrava gradualmente, e está associada a ansiedade, isolamento e depressão. Como tende a passar despercebida no início, é bom prestar atenção em alguns sinais:
1) Pedir com frequência para os outros repetirem o que acabaram de falar.
2) Ter a impressão de que as pessoas estão apenas murmurando, num tom de voz abaixo do habitual.
3) Dificuldade para acompanhar a conversa num grupo ou para ouvir o que é dito em lugares barulhentos.
4) Esforçar-se para entender o que é dito no telefone.
5) Aumentar o volume de aparelhos a ponto de incomodar quem está à sua volta.