Com 98,1% dos votos apurados, Yoon Suk-Yeol estava com 48,6% da preferência do eleitorado contra 47,8% do progressista Lee Jae-myung, do Partido Democrata, que admitiu a derrota no pleito Yoon Suk-Yeol, candidato do Partido do Poder Popular, de orientação conservadora e de oposição ao governo da Coreia do Sul, venceu nesta quarta-feira (9) — quinta (10), pelo horário local — a eleição presidencial do país.
Com 98,1% dos votos apurados, Yoon estava com 48,6% da preferência do eleitorado contra 47,8% do progressista Lee Jae-myung, do Partido Democrata, que admitiu a derrota no pleito.
“Parabéns ao candidato Yook Suk-yeol”, disse Lee, a apoiadores. “Peço que ele abra o caminho para a integração e a harmonia, superando os conflitos.”
Yoon Suk Yeol, do Partido do Poder Popular, foi eleito presidente da Coreia do Sul, nesta quarta (09/03/2022)
Yonhap/AP
A eleição foi uma das mais acirradas da história da Coreia do Sul e era vista como um referendo sobre o presidente Moon Jae-in, que não podia disputar a reeleição devido à legislação do país.
Em seus cinco anos de mandato, Moon fez diversas propostas de paz à Coreia do Norte, mas teve dificuldades para estimular o crescimento econômico e em conter o aumento dos custos dos imóveis em todo o país.
Os dois principais candidatos têm origens opostas. Lee vem de uma família pobre e trabalhou em fábricas quando jovem. Depois de se formar em Direito, ele passou a atuar como advogado de direitos civis antes de entrar na política, sendo prefeito de Seongnam, no sudoeste de Seul, e governador da província de Gyeonggi.
Já Yoon, um novato na política, se formou em Direito na Universidade Nacional de Seul, uma das mais prestigiadas do país, antes de se tornar procurador-geral.
A votação foi prorrogada em 90 minutos além do normal para que pessoas que estivem em quarentena ou infectadas pelo coronavírus pudessem votar durante esse período. A participação foi de 77,1%, ligeiramente inferior à eleição de 2017, quando chegou a 77,2%.
A campanha, como é comum na Coreia do Sul, foi marcada por escândalos. O novo presidente terá que lidar com uma série de desafios assim que assumir: a disputa entre EUA e China, a guerra da Rússia contra a Ucrânia, a expansão do arsenal nuclear da Coreia do Norte, os preços crescentes da energia e das commodities, a bolha imobiliária doméstica e o envelhecimento da população.
Yoon defendeu impostos mais baixos, orçamentos equilibrados e um papel menor do governo na economia. O plano é reduzir a burocracia para estimular o mercado de trabalho e aumentar a produtividade na economia.
Na política externa, o candidato conservador prometeu adotar uma linha mais dura em relação à Coreia do Norte, ampliar a cooperação com o Quad — grupo formado por Austrália, Índia, Estados Unidos e Japão — e fortalecer a diplomacia com Tóquio.