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Aprovações ocorreram em reunião realizada no plenário na terça-feira (8) e, agora, seguem para sanção ou veto do Executivo. Plenário da Câmara Municipal de MuriaéCâmara de Muriaé/DivulgaçãoA Câmara Municipal de Muriaé aprovou em reunião realizada na terça-feira (8) o total de R$ 3,6 milhões em recursos para a saúde. Do total, R$ 2 milhões deverão ser destinados ao Hospital São Paulo (HSP) para serviço de Assistência Médica de Retaguarda na Urgência e Emergência. Segundo o Executivo, autor do projeto, o HSP "é o único hospital geral credenciado ao SUS para apoio de retaguarda aos serviços de urgência e emergência da Unidade de Pronto Atendimento (UPA) em Muriaé, que, em parceria com a Secretaria Municipal de Saúde, garantem o atendimento integral ao usuário do SUS".O outro projeto, também de autoria do Executivo, abre crédito adicional especial de R$ 1.684.390,58 para investimentos na área de saúde. O objetivo é consignar no orçamento vários projetos/atividades que foram devidamente autorizados por diversas resoluções e portarias, estaduais e federais, no incremento de recursos que auxiliarão à Secretaria de Saúde no cumprimento dos deveres. "Os recursos são para ações estratégicas de apoio à gestação, pré-natal e puerpério, prevenção a violência e promoção da paz, apoio e fortalecimento da rede de atenção psicossocial, vigilância equipe complementar em saúde mental, dentre outros", justificou a Prefeitura. A liberação de crédito foi aprovada em 1ª, 2ª e 3ª discussões e agora seguem para sanção. Outros projetos aprovadosTambém foram discutidos e aprovados os projetos que instituem a Assistência Técnica Pública para Habitação de Interesse Social voltado à população de baixa renda e a "Semana da Educação Digital" em Muriaé, que reconhece o risco da atividade de atirador desportivo, juntamente ao colecionador e caçador, integrantes de entidades de desporto legalmente constituídas, dentre outros. Veja as especificações:Habitação de Interesse SocialO Projeto de Lei nº 274/2021, de autoria da vereadora Drª Míriam (PP), institui a Assistência Técnica Pública para Habitação de Interesse Social voltada à população de baixa renda. Conforme o projeto, terão direito a esta assistência famílias de baixa renda, consideradas aquelas com renda familiar de até 5 salários mínimos, divididos em grupos específicos de atendimento. O projeto abrange as seguintes atividades técnicas:elaboração de projetos de construção e/ou ampliação da edificação;acompanhamento técnico da execução da obra para construção, reforma e ou ampliação;regularização de edificações já existentes;regularização fundiária. A modalidade de Assistência Técnica Pública Habitacional poderá ser disponibilizada em formato de subsídio, sendo este parcial ou total, ou de financiamento, a depender da condição de renda mensal familiar e critérios preestabelecidos para os grupos de atendimento indicados no projeto. Terão prioridade as moradias interditadas pela Defesa Civil que apresentem intervenções edilícias simples para mitigar o risco com maior urgência; com alta reincidência de ocorrências na Defesa Civil e onde foram constatadas, ao longo do tempo, evoluções nas manifestações patológicas encontradas; localizadas em Zonas Especiais de Interesse Social (Zeis); ou em Áreas de Diretrizes Especiais de Habitação; e preferencialmente em áreas já regularizadas pelo município.Dentre os objetivos do projeto estão: incentivar a redução do déficit e da inadequação habitacional; democratizar o acesso à moradia e promover a inclusão sócio territorial; garantir dignidade e legalidade de moradia; otimizar e qualificar o uso e o aproveitamento racional dos recursos técnicos e econômicos;oferecer serviço de Assistência Técnica Pública Habitacional aos grupos de atendimento;formalizar etapas do processo de edificação, reforma, ampliação ou regularização da habitação;assegurar desde a elaboração do projeto ao acompanhamento e execução das obras e serviços; elaborar ações que reduzam a vulnerabilidade da infraestrutura de ocupação em áreas de risco;buscar a ampliação da regularização de parcelamento e construção mediante aproximação entre legislação, técnica construtiva e prática da população na produção do espaço urbano;minimizar a incidência de desastres e mitigar riscos em áreas consideradas de risco; promover a conscientização e o engajamento comunitário, bem como o resgate da cidadania;proteger as áreas de preservação permanente (APP), as unidades de conservação, as áreas de proteção de mananciais e a biodiversidade; proporcionar retorno das famílias advindas do programa de auxílio-moradia ou afins; priorizar soluções construtivas que visem a retenção e aproveitamento da energia solar, à reciclagem de resíduos da construção civil e ao reaproveitamento de águas pluviais."Este projeto tem importância social, reconhecimento de direitos e possibilidade real de melhorar a vida das pessoas. É para isso que os governos existem. E ainda destaco que esse serviço não será tratado como despesa e vai além de ser uma prevenção de desastres. É bem mais que isso, é a materialização do direito à moradia que é um direito constitucional”, afirmou a parlamentar. Denominando o projeto como “SUS da Arquitetura”, Drª Miriam pontuou que com a aprovação "a população de baixa renda terá garantida de forma mais democrática o direito à moradia que lhe proporcionará uma vida mais digna”.Leia também:Rio transborda e ruas ficam alagadas em MuriaéTemporal atinge distrito e provoca alagamentos em MuriaéMuriaé decreta situação de emergência por causa das chuvas; moradores ilhados recebem alimentos em barcos dos bombeirosNovo temporal atinge Muriaé e causa alagamentos em diversos bairrosSemana de Educação DigitalO Projeto de Lei nº 030, de autoria do vereador Dr. Frederico (PTB), institui a Semana da Educação Digital em Muriaé, a ser realizada na primeira quinzena do mês de março com o objetivo de orientar as crianças, adolescentes e idosos sobre os riscos existentes no universo digital. Palestras e materiais educativos devem ser realizadas e produzidos neste período sob a coordenação da Secretaria Municipal de Educação em parceria com demais entidades vinculadas e sociedade geral. Segundo o vereador, “nos dias atuais, vivenciamos um crescimento constante de crianças, jovens, adultos e idosos no universo digital nas redes sociais e aplicativos de conversas instantâneas, que acabam os colocando em vulnerabilidade diante de pessoas não tão bem intencionadas, dispostas a cometerem os mais diversos crimes, sejam eles, na relação de consumo, financeiro e, até mesmo, casos de abusos sexuais envolvendo menores”.Atiradores desportivos ganham proteção no município de MuriaéO Projeto de Lei nº 022/2022 de autoria do vereador Gerson Varella Neto (PSL) reconhece o risco da atividade de colecionador, atirador desportivo e caçador, integrantes de entidades de desporto legalmente constituídas nos termos da Lei Federal 10.826/2002, no âmbito do município de Muriaé. De acordo com o vereador, “o projeto vem proteger os atiradores desportivos que não estão inclusos na Lei Federal, que protege as duas demais categorias (colecionador e caçador), assegurando-lhes o direito a um meio de defesa em caso de serem atacados fisicamente, roubados e até sequestrados, sejam eles ou membros de sua família, com o intuito subtrair seus armamentos utilizados na prática do desporto”. VÍDEOS: veja tudo sobre a Zona da Mata e Campos das Vertentes