Ricardo Barros (PP-PR) afirmou que ministro provavelmente será chamado à Câmara para prestar esclarecimentos. Ricardo Barros (PP-PR), líder do governo, cobra explicações do ministro da Educação
O líder do governo na Câmara, deputado Ricardo Barros (PP-PR), defendeu nesta quinta-feira (24) a permanência do ministro da educação, Milton Ribeiro, no cargo, mas disse que o chefe da pasta deverá prestar os esclarecimentos sobre a crise que se instalou na pasta.
Ribeiro afirmou em reunião com prefeitos que privilegia o repasse de verbas do MEC a municípios indicados por dois pastores, a pedido do presidente Jair Bolsonaro.
O áudio da reunião foi obtido pelo jornal "Folha de S.Paulo", que revelou o conteúdo da fala de Ribeiro na noite de segunda-feira (21). Na semana passada, o jornal "O Estado de S. Paulo" já havia apontado a existência de um "gabinete paralelo" de pastores que controlaria verbas e agenda do Ministério da Educação.
“Na minha opinião, o ministro da educação deve permanecer no governo e fazer as explicações que lhe sejam demandadas”, afirmou o líder do governo.
Ribeiro tem negado irregularidades e, apesar de, nos áudios, falar que houve o pedido de Bolsonaro para atender os pastores, emitiu nota nesta semana dizendo que o presidente não fez essa solicitação.
Já foram protocolados na Câmara pedidos de convocação do ministro para prestar esclarecimentos no plenário. A inclusão em pauta, no entanto, depende do presidente da Casa, Arthur Lira (PP-AL).
Para Barros, é comum que autoridades compareçam ao Congresso para se explicar diante de questionamentos envolvendo suas respectivas atuações na Esplanada.
“Os ministros vêm aqui, discutem nas comissões temáticas da Casa, respondem aos questionamentos dos órgãos de controle e ao final temos alguma solução”, afirmou.
O líder do governo destacou que “momentos de grande tumulto precisam ser enfrentados”. Questionado sobre se Ribeiro deveria comparecer à Câmara, Barros afirmou que ele “provavelmente virá”.
“As comissões ainda não estão instaladas, mas ele provavelmente virá”, afirmou Barros; O ministro certamente virá e vai fazer seus esclarecimentos. Eu não tenho dúvida de que ele tem boa índole, boa conduta e, já como disse ele, já manifestou à CGU preocupação com este comportamento”, acrescentou o líder.
Nesta quinta (24), a Comissão de Educação, Cultura e Esporte do Senado aprovou um convite para que Ribeiro dê explicações sobre um suposto favorecimento a pastores na liberação de verbas da pasta.
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