Eficácia da hidroxicloroquina contra covid-19 já foi rejeitada pela Comissão Nacional de Incorporação de Tecnologias do SUS (Conitec) O ministro da Saúde, Marcelo Queiroga, disse nessa terça-feira (29) que ainda irá se manifestar de forma conclusiva sobre a diretriz da pasta para o uso de medicamentos como hidroxicloroquina no tratamento de pacientes com covid-19.
A eficácia do medicamento já foi rejeitada pela Comissão Nacional de Incorporação de Tecnologias do SUS (Conitec), mas o parecer foi derrubado pelo secretário do ministério Hélio Angotti.
Um recurso apresentado pela Conitec foi novamente rejeitado por Angotti, e a decisão final cabe agora ao ministro. Segundo ele, o processo está em fase final de instrução e deve chegar ao seu gabinete “em breve”.
Eficácia da hidroxicloroquina contra covid já foi rejeitada pela Comissão Nacional de Incorporação de Tecnologias do SUS (Conitec)
David J. Phillip/AP
O uso da hidroxicloroquina, que não tem eficácia cientificamente comprovada, foi uma das principais bandeiras do presidente Jair Bolsonaro (PL) durante a pandemia, que já matou mais de 650 mil pessoas no país. Queiroga disse apenas que sua decisão obedecerá a critérios técnicos.
Em depoimento à Comissão de Direitos Humanos do Senado, Queiroga disse ainda que o consórcio Covax Facility, liderado pela Organização Mundial da Saúde (OMS), entregou até agora somente 11 milhões de doses de vacina contra a covid-19 ao Brasil, sendo que o contrato com a entidade prevê 42 milhões de doses.
Apesar disso, segundo ele, o país continua contribuindo com o consórcio, ou seja, cedendo sua cota para auxiliar na ampliação da vacinação ao redor do mundo.