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Commodities: Café sobe quase 3% e lidera altas de agrícolas em NY



Algodão, açúcar, suco de laranja e cacau também avançaram na sessão Sob preocupações do mercado com o aperto no quadro global de oferta e demanda de café, o arábica subiu quase 3% e liderou as altas das "soft commodities" na sessão de hoje na bolsa de Nova York. Os papéis do grão para maio, os mais negociados, subiram 2,85%, a US$ 2,2185 por libra-peso, e os lotes para entrega em julho avançou 2,8%, a US$ 2,219 por libra-peso.

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Segundo analistas do banco holândes Rabobank, a demanda aquecida, as restrições de oferta e a persistência de alguns problemas logísticos devem continuar a oferecer suporte aos preços do café no mercado internacional, especialmente no primeiro semestre do ano.

Em relatório, o banco prevê crescimento de 2,5% no consumo global de café no ciclo 2021/22 em relação à temporada anterior. A estimativa está em linha com a da Organização Internacional do Café (OIC), que projeta avanço de 3%, para 170,3 milhões de sacas de 60 quilos.

Já a oferta global tem restrições devido à diminuição da colheita em importantes países produtores, como o Brasil. Em relatório recente, o banco projetou safra de arábica de 41,4 milhões de sacas no país neste ano, volume 22% menor que o do último ciclo de alta produção (2020).

Nesta semana, a Climatempo alertou que o volume de chuvas em Minas Gerais, principal Estado produtor de arábica do país, está abaixo da média histórica para março.

A força do real em relação ao dólar também oferece sustentação aos preços do grão, já que encarece o café brasileiro para os importadores, o que reduz o fluxo global. A taxa de câmbio continua abaixo de R$ 4,80.

Produção de café no Paraná

AEN / divulgação

Algodão

Apoiado na valorização do petróleo, o algodão para maio encerrou o dia em alta de 2,2%, a US$ 1,3984 por libra-peso. O papel para julho subiu na mesma proporção, para US$ 1,362 por libra-peso.

As cotações do petróleo avançaram sob a expectativa do mercado com a reunião da Organização dos Produtores de Petróleo e Aliados (Opep+), que deve acontecer amanhã. A tendência é que os países mantenham o volume de petróleo nos patamares atuais.

Referência internacional, o barril do Brent para junho subiu 3,46%, a US$ 111,44. O petróleo mais caro torna os tecidos naturais mais competitivos em relação aos sintéticos.

Açúcar

Também influenciado diretamente pelo petróleo, o açúcar demerara encerrou o dia em alta. Os compromissos para maio avançaram 1,9%, a 19,47 centavos de dólar por libra-peso, e os papéis que vencem em julho subiram 1,8%, para 19,36 centavos de dólar a libra-peso.

A valorização do fóssil torna o etanol brasileiro mais competitivo e pode levar à redução na produção de açúcar. A atual taxa de câmbio também sustenta os preços do adoçante porque reduz as exportações brasileiras.

Suco de laranja

O suco de laranja concentrado e congelado (FCOJ) para maio subiu 1,6%, a US$ 1,4815 por libra-peso. Os contratos para julho, por sua vez, fecharam em alta de 1,55%, a US$ 1,4735 por libra-peso.

Cacau

O avanço nas negociações entre Rússia e Ucrânia dá confiança para os investidores apostarem em ativos considerados mais arriscados, como as commodities agrícolas. Isso também se refletiu sobre os preços do cacau. Os papéis para maio subiram 0,45%, a US$ 2.651 por tonelada, e a posição seguinte, com entrega em julho, fechou em alta de 0,5%, a US$ 2.686 por tonelada.

Analistas acreditam que, com o avanço das negociações por um cessar-fogo na guerra na Ucrânia, a tendência é que a demanda europeia por chocolate cresça, acompanhando a melhora da atividade turística.

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