O Sindicato dos Empregados de Empresas de Asseio e Conservação do Rio de Janeiro (Siemaco-Rio) vai convocar assembleia até esta sexta-feira (1º) para debater com a categoria as propostas apresentadas nessa quarta-feira (30) pela Companhia Municipal de Limpeza Urbana do Rio de Janeiro (Comlurb) na audiência de conciliação na Justiça do Trabalho.
Os garis estão em greve desde segunda-feira (28) e o serviço de coleta de lixo foi afetado em toda a cidade. A Comlurb montou um esquema de contingência para fazer o trabalho prejudicado pela paralisação.
A categoria reivindica reajuste salarial de 25%, relativa à reposição da inflação dos últimos 3 anos, período em que os trabalhadores estão com os vencimentos congelados. A oferta inicial da empresa era de reajuste de 5%. A diretoria do Sindicato vai se reunir ainda hoje para avaliar o movimento e anunciar a assembleia.
Segundo o sindicato, a proposta que será levada à assembleia inclui manter benefícios e cláusulas sociais já existentes no Acordo Coletivo; reajuste salarial imediato de 6%, mais 2% em agosto e cerca de 2% em novembro, de acordo com o reajuste do município; e aumento de 3% no tíquete alimentação.
A proposta também contempla o pagamento de 20% retroativo a janeiro 2022 de Adicional de Insalubridade para Agentes de Preparo de Alimentos (APAs) nas escolas municipais; a conclusão do Plano de Carreira, Cargos e Salários (PCCS), com efeito retroativo a janeiro de 2022; a compensação dos dias parados, sem qualquer desconto; e o pagamento de Participação nos Lucros e Resultados (PLR).
Sobre a multa de R$ 200 mil por dia parado, o Siemaco informou que está apresentando defesa contrária à decisão que declarou a ilegalidade da greve, já que afirma ter cumprido todos os parâmetros legais e os trabalhadores mantiveram os serviços essenciais como a coleta de lixo em hospitais, escolas e feiras livres.
O TEMPO