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A declaração foi feita em discurso de posse do novo ministro da Defesa, Paulo Sérgio Nogueira, e do novo comandante do Exército, Marco Antônio Freire Gomes A uma plateia de comandantes e generais, o presidente Jair Bolsonaro (PL) disse nesta sexta-feira (1º) que há decisões que fogem do político e vão para o militar."Nós todos aqui, sem exceção, somos privilegiados. Vivemos um momento onde há decisões e em última análise fogem em campo político e vêm pro campo militar", afirmou.A declaração foi feita em discurso de posse do novo ministro da Defesa, Paulo Sérgio Nogueira, e do novo comandante do Exército, Marco Antônio Freire Gomes.Filiado ao PL, o general Walter Braga Netto deixou a pasta para concorrer como vice de Bolsonaro.Como mostrou o jornal “Folha de S. Paulo”, aliados do presidente viram na escolha de nomes uma tentativa de ele tentar ampliar sua influência no Comando do Exército em ano eleitoral.A cerimônia de posse desta sexta foi fechada para a imprensa, e ocorreu no ministério e contou com a presença de ministros e militares de altas patentes.Horas depois, contudo, o Pingo dos Is, programa da TV Jovem Pan simpático a Bolsonaro, veiculou trechos do discurso do chefe do Executivo."Jamais podemos nós ousar imaginar dois, três anos a frente, voltar seus olhos para o passado e se perguntar: o que eu não fiz para que chegássemos a esse ponto? Certas coisas não se conquistam para sempre", afirmou, sem detalhar do que tratava.O presidente também disse que interessa a todos os que estavam na cerimônia cumprir a Constituição. E retomou metáfora das quatro linhas, dizendo que é preciso obrigar quem está fora das leis a atuar dentro delas.Bolsonaro disse ainda que "os fatos dos últimos anos bem demonstram a todos que as Forças Armadas são o último obstáculo para o socialismo no Brasil".O presidente costuma recorrer à ameaça do socialismo e comunismo, que utiliza como sinônimos, para se referir ao PT.De acordo com o último Datafolha, Bolsonaro recuperou fôlego, mas continua em segundo lugar em intenção de voto, atrás do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva.O golpe militar de 1964 fez 58 anos nesta quinta-feira (31), o presidente defendeu, mais uma vez, a ditadura e mandou ministros do Supremo Tribunal Federal (STF) calarem a boca.O Ministério da Defesa divulgou uma nota, chamada de ordem do dia, em que diz que o golpe foi "marco histórico da evolução política brasileira".