Swift ganhou destaque mundial no fim de fevereiro, quando os Estados Unidos e a União Europeia excluíram instituições financeiras russas da plataforma O Ministério da Economia defende a criação de uma nova plataforma global de pagamentos que seja uma espécie de Swift mais ágil, afirmou nessa quinta-feira (14) o secretário de Assuntos Econômicos Internacionais da pasta, Erivaldo Gomes. O Swift ganhou destaque mundial no fim de fevereiro, quando os Estados Unidos e a União Europeia excluíram instituições financeiras russas da plataforma, como forma de sanção à guerra na Ucrânia. De acordo com Gomes, o sistema atual é “caro, burocrático e demorado”.
“Ele não é compatível com as demandas de hoje”, disse ele, em entrevista coletiva. Para o secretário, “faz sentido termos uma plataforma de pagamentos que atenda à economia de hoje”, que funcionaria como um "Swift 2.0 ou 3.0"
Ele lembrou que o tema é da alçada dos bancos centrais, não do Ministério da Economia, mas destacou algumas diretrizes que a pasta considera importantes para eventual novo sistema. Em primeiro lugar, que seja uma “plataforma global”, para todos os países, de forma a evitar uma “fragmentação”. Além disso, que seja coordenada pelo Banco de Compensações Internacionais (BIS, na sigla em inglês, considerado uma espécie de banco central dos bancos centrais).
De qualquer maneira, a criação de um novo sistema ainda “não é um tema de trabalho” do Brics, grupo de países em desenvolvimento formado por Brasil, China, Índia, África do Sul e a própria Rússia. “Não está na nossa agenda”, disse Gomes.
Swift ganhou destaque mundial no fim de fevereiro, quando os Estados Unidos e a União Europeia excluíram instituições financeiras russas da plataforma
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