MDB, PSDB, União Brasil e Cidadania devem se reunir na tarde desta terça-feira em Brasília para começar a debater os critérios para escolha de um candidato único do grupo à Presidência O pré-candidato do PSDB à Presidência da República, João Doria, tentou, nesta terça-feira (26), desfazer o clima de mal entendido após cancelar o jantar em sua casa na segunda-feira (25), que reuniria os pré-candidatos da chamada terceira via. Durante visita à Agrishow, maior feira do agronegócio do país, Doria afirmou estar tranquilo com a condução do presidente do PSDB, Bruno Araújo, das conversas com os representantes do MDB, União Brasil e Cidadania.
"Falei ontem e hoje com Bruno Araújo. Tenho absoluta convicção, certeza e tranquilidade na conduta do Bruno Araújo no entendimento com os demais partidos. (...) Hoje haverá uma reunião na parte da tarde, em Brasília, ele me comunicou. Também falei com Baleia (Rossi, presidente do MDB), com Roberto Freire (presidente do Cidadania). Tenho muita convicção e esperança que sejamos capazes de somar forças para ajudar o Brasil e romper com a polarização", afirmou Doria durante entrevista na feira.
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MDB e União Brasil cancelam jantar da 3ª via na casa de Doria
MDB, PSDB, União Brasil e Cidadania devem se reunir na tarde desta terça-feira em Brasília para começar a debater os critérios para escolha de um candidato único do grupo à Presidência. Doria cancelou o jantar na sua casa após os pré-candidatos a presidente da República pelo MDB, Simone Tebet, e pelo União Brasil, Luciano Bivar, cancelarem a participação.
Nesta terça-feira, participarão apenas os dirigentes: Araújo e os presidentes do MDB, Baleia Rossi, e do Cidadania, Roberto Freire, além do vice-presidente do União Brasil, Antônio Rueda (o presidente do partido é Bivar). Eles prometeram anunciar dia 18 de maio um candidato único à Presidência, com base nas regras que serão estabelecidas.
Doria também afirmou que o conflito com o ex-governador do Rio Grande do Sul Eduardo Leite, que também se colocou como pré-candidato à Presidência pelo PSDB, está "pacificado". "Eu tenho um jantar com ele hoje em Brasília, assim como com Bruno Araújo. Eduardo teve uma atitude honrada escrevendo a carta (...). Vemos essa situação como pacificada dentro do PSDB", afirmou Doria, referindo-se ao texto divulgado pelo gaúcho na semana passada em aceno à candidatura do paulista.
Durante a entrevista coletiva, o ex-governador de São Paulo também comentou a pena que o Supremo Tribunal Federal (STF) impôs ao deputado federal bolsonarista Daniel Silveira (PTB-RJ) e o perdão decretado pelo presidente Jair Bolsonaro (PL), menos de 24 horas depois da condenação.
"Quero me posicionar a favor da lei, da Constituição e do Supremo. Não entendo como uma situação que faculte ao presidente conceder a isenção de uma pena. O indulto deve ser aplicado apenas em casos extremos e não em situações como essas, partidária e mais vinculada alguém próxima da sua própria família. Mas não cabe a mim avançar nesse comentário, apenas dizer que devemos respeitar a lei e a Suprema Corte do país", afirmou.
Agronegócios
Doria também afirmou que, caso eleito presidente, o setor agro será prioridade em seu governo. O pré-candidato procurou conciliar o apoio à produção agrícola com a proteção ao meio ambiente e também defendeu mais financiamento ao setor.
"A sociedade quer um presidente que resolva, não que crie problemas. Que seja como eu fiz aqui em São Paulo, que apoie a produção agrícola, mas também a produção industrial. Que apoie a pesquisa e a ciência e apoie também a preservação ambiental, são os pontos de defesa que eu compreendo necessários para o Brasil. O agro nunca agrediu o meio ambiente, o agro é parceiro do meio ambiente. Mas é obrigação de um governo compreender isso e estimular uma relação harmoniosa com o agro e com o meio ambiente", afirmou o tucano.
"Tenho absoluta convicção, certeza e tranquilidade na conduta do Bruno Araújo no entendimento com os demais partidos, diz João Doria
Governo do Estado de SP