Ronaldo lamentou os episódios de racismo e usou, como exemplo, o caso mais chamativo da última semana. Na última terça-feira (26), o Corinthians recebeu o Boca Juniors na Neo Química Arena e venceu por 2 a 0. No entanto, a partida da Libertadores ficou marcada pela prisão de um torcedor argentino após imitar um macaco. Só que este torcedor foi liberado no dia seguinte após pagar três mil reais e fez uma postagem irônica no Instagram.
"Mais uma vez teve um episódio de racismo no estádio. Eu acho que, na rodada sulamericana, todos os times brasileiros sofreram com algum ato de racismo por parte da torcida adversária. Isso é um dado extremamente triste, extremamente triste. Nós temos que exigir melhores leis para a gente estar protegido desses criminosos, porque o racismo é crime. E o cara vai lá, comete um crime, vai para a delegacia, paga três mil reais, sai fora e ainda zoa a Justiça brasileira no Instagram. Esse episódio foi horrível", comentou Ronaldo.
Além de lamentar os episódios recorrentes de racismo contra brasileiros nas competições continentais, o Fenômeno suplicou por leis mais rígidas. A liberação e o deboche do torcedor argentino fizeram o atleta do Corinthians, Willian, se revoltar nas redes sociais. Já o Flamengo também relatou racismo, lançamento de pedras e até criança ferida no Chile, onde enfrentou a Universidad Católica na quinta-feira (28). Palmeiras e Red Bull Bragantino também passaram por situações semelhantes que envolvem ofensas racistas nesta semana na Libertadores.
Por causa da recorrência destes casos, Ronaldo pediu mudanças na rigidez das leis e ainda comentou sobre a tolerância acerca do racismo na sociedade.
"Nós todos temos que nos revoltar contra qualquer ato de racismo, não podemos tolerar mais esses atos de racismo. E quanto aos nossos deputados que fazem as leis, eu acho que deveriam fazer umas leis bem mais fortes para a gente combater esse tipo de crime, tanto na esfera política do nosso país, quanto na esfera esportiva", disse o Fenômeno.
O sócio majoritário da SAF cruzeirense concluiu a sua fala sobre o racismo suplicando por mudanças no futebol brasileiro. O ex-atacante ainda destacou a união necessária contra este crime.
"Eu acho também que temos que impor novas regras contra esses crimes nos estádios, nós temos que ter um maior controle das pessoas que vão ao estádio. É um trabalho a mais que a CBF vai ter no comando do Ednaldo, que tomou posse como presidente da CBF. É algo que nós temos que pensar também juntos, nos unir todos para lutar efetivamente contra o racismo".
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