A transferência já foi aprovada pelo Banco Central, que autorizou também a troca do nome, para J&F DTVM A holding J&F, da família Batista, comprou a gestora Lecca DTVM. A transferência já foi aprovada pelo Banco Central, que autorizou também a troca do nome, para J&F DTVM, e um aumento de capital, que passou de R$ 600 mil para R$ 30 milhões.
O Pipeline, site de negócios do Valor, mostrou no mês passado que que a J&F está estruturando uma plataforma de investimentos, após comprar no ano passado a fintech LionX. O grupo, que também é dono do banco Original e da carteira digital PicPay, comprou no mês passado o serviço de informação financeira Bom Dia Mercado.
Procurada, a J&F ainda não se manifestou.
Luis Eduardo da Costa Carvalho fundou a consultoria Lecca em 1975, em 1981 criou a DTVM e em 1993 o grupo obteve a licença de financeira. Ele explica que, ao transformar o FIDC Lecca em um fundo aberto, a DTVM perde um pouco sua finalidade e, assim, foi vendida. O valor da transação não é relevado. A gestora não tinha ativos sob custódia e os cerca de 300 clientes que eram atendidos por ela agora passarão para a Lecca Agentes Autônomos. A nova companhia, que está se plugando à Órama, atende o varejo de alta renda.
Hoje, a maior parte da receita do grupo Lecca vem do FIDC, que tem um patrimônio de cerca de R$ 200 milhões. Trabalha com antecipação de recebíveis de empresas de médio porte, que estão incluídas nas cadeias produtivas de grandes companhias como Vale e Petrobras.
Aos 75 anos, sendo 55 deles dedicados ao mercado financeiro, Carvalho comanda a Associação Nacional das Instituições de Crédito, Financiamento e Investimento (Acrefi) e a Associação Nacional dos Participantes em Fundos de Investimento em Direitos Creditórios Multicedentes e Multissacados (Anfidc), e não tem planos de se aposentar tão cedo.