Em reunião ministerial nesta quarta-feira (6) no Palácio do Planalto, o ministro da Saúde, general Eduardo Pazuello, detalhou aos colegas e ao presidente Jair Bolsonaro o plano de vacinação contra a Covid-19.
Ele deu um panorama das negociações de vacinas e disse que o governo começará a vacinar a população antes do próximo dia 25 — data estabelecida pelo governador João Doria (PSDB), adversário político de Jair Bolsonaro, para o início da vacinação em São Paulo.
As primeiras doses aplicadas, de acordo com relatos na reunião dos ministros, virá do lote comprado da Índia, que seriam 2 milhões de doses da vacina do laboratório Astrazeneca e da Universidade de Oxford, a mesma vacina que está sendo fabricada pela Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz).
Segundo relato de participantes da reunião, o ministro afirmou que, uma vez iniciada a vacinação, o Brasil poderia imunizar a população em um ritmo bastante mais rápido que outros países.
Alguns detalhes do plano e da compra de novas vacinas ainda dependem de uma medida provisória em elaboração por ministérios e coordenada pela Casa Civil.
Pazuello informou ainda que o ministério acelerou as negociações com a Pfizer para a compra da vacina que já vem sendo aplicada em diversos países, como os EUA.
O anúncio das novas medidas será feito por Pazuello em pronunciamento em rede nacional de rádio e televisão.
Na reunião, transpareceu a preocupação do governo com o aumento de casos da Covid-19 no início deste ano e os reflexos na economia, que poderia não resistir a uma nova onda da doença e à pressão por mais gastos.
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