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Bolsas europeias recuam com temor de inflação alta e fraqueza econômica da China

Por Redação

09/05/2022 às 13:37:47 - Atualizado há

O índice Stoxx 600 fechou em queda de 2,90%, o FTSE 100, índice de referência da bolsa de Londres, caiu 2,32%, o DAX, de Frankfurt, recuou 2,15% e o CAC 40, de Paris, cedeu 2,75% As bolsas europeias terminaram as operações desta segunda-feira (9) em queda, em meio à apreensão dos investidores acerca da inflação alta persistente e da fraqueza econômica da China diante de bloqueios para controlar a covid-19 no país. Hoje, esse temor foi alimentado por um dado fraco de exportações chinesas em abril.

No fim da sessão, o índice Stoxx 600 fechou em queda de 2,90%, a 417,46 pontos, o maior recuo desde 24 de fevereiro, quando a Rússia invadiu a Ucrânia. Já o FTSE 100, índice de referência da bolsa de Londres, caiu 2,32%, a 7.216,58 pontos, enquanto o DAX, de Frankfurt, recuou 2,15%, a 13.380,67 pontos, e o CAC 40, de Paris, cedeu 2,75%, a 6.086,02 pontos. Em Milão, o FTSE MIB registrou queda de 2,74%, a 22.832,56 pontos, e o Ibex 35, de Madri, recuou 2,20%, a 8.139,20 pontos.

Entre os índices setoriais do Stoxx 600, o pior desempenho veio pelo lado do segmento de turismo e lazer, com perdas de 6,03%. As ações da Flutter Entertainment recuaram 5,93% na sessão, enquanto as da Lufthansa caíram 2,34%.

Outro setor bastante penalizado foi o de energia, caindo 4,66%. O segmento sofreu com a fraqueza dos preços do petróleo. Perto das 13h, o contrato Brent (julho) operava em queda de 5,06%, a US$ 106,70 o barril. As ações da BP caíram 5,12%. Ainda na ponta das perdas estava o setor de tecnologia, com recuo de 4,96%.

As bolsas europeias absorveram o pessimismo das bolsas asiáticas de hoje, que fecharam em queda significativa diante da forte desaceleração das exportações chinesas, que subiram 3,9% em abril, na comparação com o mesmo mês do ano passado, depois de anotar alta de 14,7% na mesma base de comparação em março. O dado indicou o crescimento mais fraco em quase dois anos, mas ficou em linha com a expectativa dos economistas consultados pelo "The Wall Street Journal", de alta de 3,9% no período.

O dado fraco reforça os temores com os lockdowns na China, que ameaçam restringir ainda mais as economias de outros países a materiais e produtos, agravando os problemas com a cadeia global de suprimentos e ameaçando alimentando ainda mais a já elevada inflação na maioria das principais economias desenvolvidas.

"As restrições em Xangai já estão tendo um efeito negativo sobre a produção econômica lá, assim como sobre a atividade nos portos, conforme os navios de carga continuam esperando perto da costa chinesa para serem descarregados", disse Michael Hewson, analista da CMC Markets, à "Dow Jones Newswires". "Qualquer perspectiva de uma redução dos temores sobre a cadeia de abastecimento parece ainda mais longe do que há alguns meses".

Os investidores seguem à espera dos dados de inflação ao consumidor dos EUA referentes a abril, que serão divulgados na quarta-feira. No mesmo dia saem também os dados de inflação da Alemanha.

Também se mantém no horizonte a preocupação com a guerra na Ucrânia. O presidente da Rússia, Vladimir Putin, usou o tradicional discurso do Dia da Vitória, quando o país celebra o triunfo na Segunda Guerra Mundial, para justificar a invasão da Ucrânia e não deu sinais de que o conflito pode estar próximo do fim, já que as tropas russas continuam atacando alvos no território vizinho.

Ralph Orlowski/Bloomberg
Fonte: VALOR
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