No dia seguinte ao anúncio do Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária (Incra) da suspensão da entrega de títulos de propriedade rural por falta de verbas, o presidente Jair Bolsonaro (PL) disse que esses títulos fazem assentados ficarem do lado do governo.
Com críticas ao Movimento Sem Terra, Bolsonaro também afirmou que o assentado passou a ser cidadão."O integrante do MST, o assentado, ao receber um título de propriedade, passou a ser um cidadão e ficou do nosso lado", disse, por videoconferência, em ato do PL, em Goiás, neste sábado (14).
"Quando estava do outro lado, era obrigado a seguir orientações de João Pedro Stédile [liderança do MST], entre outros marginais. Hoje em dia, ao receber o título de terra, passou para o lado do bem e é parceiro do fazendeiro", acrescentou Bolsonaro.
Segundo carta distribuída internamente aos servidores do Incra, que é subordinado ao Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento, foram suspensas todas as atividades que não sejam “urgentes e obrigatórias”, incluindo eventos e a entrega de títulos da reforma agrária.
O motivo é a falta de verbas, segundo o documento assinado pelo presidente da autarquia, Geraldo José Filho. A carta explica que as ações do órgão são financiadas pelas chamadas emendas de relator do Orçamento Geral da União (rubrica RP-9) e que elas estariam pendentes de indicação pelo relator-geral, que é o deputado Hugo Leal (PSD-RJ).
O ato do PL foi para o lançamento da pré-candidatura do deputado federal bolsonarista Vitor Hugo ao governo do Goiás e teve participação do presidente da sigla, Valdemar Costa Neto.
O TEMPO agora está em Brasília. Acesse a capa especial da capital federal para acompanhar as notícias dos Três Poderes.
O TEMPO