Geral Minas Gerais

Bailarina de Juiz de Fora é eleita a 3ª melhor do mundo: 'o balé é meu amor à primeira vista'

Por Redação

22/05/2022 às 11:24:11 - Atualizado há
Luciana Sagioro, de 16 anos, participou da tradicional competição internacional 'Prix de Lausanne', na Suíça. Em entrevista ao g1, ela contou como começou no balé, quais os próximos passos e a vontade de inspirar outras bailarinas. Bailarina em Juiz de Fora é eleita uma das melhores do mundo

A bailarina de Juiz de Fora, Luciana Sagioro, de 16 anos, foi eleita a 3ª melhor do mundo ao participar tradicional competição internacional "Prix de Lausanne", na Suíça. Em entrevista ao g1, ela contou como começou no balé, quais os próximos passos e a vontade de inspirar outras bailarinas.

Luciana Sagioro, bailarina em Juiz de Fora, fala sobre dedicação ao balé

Balé desde sempre

Luciana Sagioro, bailarina natural de Juiz de Fora

Marcela Lemgruber/Divulgação

Luciana começou no balé aos 3 anos de idade, quando foi fazer uma aula experimental em uma escola de Juiz de Fora. Segundo ela, dali em diante não quis mais parar: "o balé foi amor à primeira vista".

"Falei para os meus pais que queria ser bailarina, que queria seguir com essa carreira e que a minha profissão é ser bailarina. Pesquisei na internet as melhores escolas profissionais que enviassem bailarina para o exterior e encontrei a 'Petite Danse', que é onde estou até hoje", contou.

Mudança para o Rio de Janeiro

A companhia em que a bailarina faz parte atualmente é do Rio de Janeiro. Com 9 anos, pediu aos pais para fazer uma aula experimental e como ela era muito nova os pais não deixaram ela se mudar, mas a deixaram ir para a capital fluminense duas vezes por semana para fazer as aulas de balé, desde que o rendimento escolar continuasse o mesmo.

"Minhas notas na escola até aumentaram e aí eu consegui provar que era isso mesmo que eu queria. No final do ano os diretores conversaram com os meus pais e falaram que precisavam de mim todos os dias", explicou.

Foi então que, aos 10 anos de idade, Luciana se mudou de vez para o Rio de Janeiro junto com uma ajudante da família. Hoje, aos 16, já mora sozinha.

"Quando pessoas mais próximas a você sabem do seu proposito eles dão força. Claro que meus pais me perguntam se é isso que eu quero e quando eu falo sim eles me encorajam, então eu tenho um apoio muito grande. Não é fácil a distância, mas eu sei que o meu sonho é muito maior que tudo isso".

Melhor bailarina da América Latina

Juiz-forana participa de competição internacional de balé e conquista 3º lugar

No início deste ano, ela participou da competição "Prix de Lausanne 2022". Ela se inscreveu pela escola de balé "Petite Danse", onde dança há 5 anos, e conquistou uma vaga disputadíssima. Eram 79 bailarinos ao todo e apenas 20 se classificariam para as finais. Desses 20, foram escolhidos os 7 melhores do mundo.

Luciana conquistou o 3° lugar, além de ser a única da América Latina e da idade dela na premiação. Houve também uma votação na web para a escolha do “Bailarino da Torcida”, onde Luciana foi a eleita pelo público.

"Você ser selecionada em um país como o Brasil que tem tantos talentos é algo muito gratificante. Foram mais de 3 mil inscritos, 70 selecionados em todo o mundo e eu fui uma das escolhidas. É muito gratificante para mim receber o 3º lugar do mundo, 1º no Brasil e na América Latina e também na web", analisou.

Juiz-forana é eleita a 3ª melhor bailarina do mundo em competição internacional

Marcela Lemgruber/Divulgação

Próximos passos

Juiz-forana Luciana Sagioro durante competição na Suiça

Marcela Lemgruber/Divulgação

As premiações renderam bons frutos à bailarina, que recebeu propostas de bolsas de estudos em 8 companhias de dança. Escolheu a "Ópera Nacional de Paris", berço do balé clássico. Em 353 anos de fundação, a companhia teve apenas 3 brasileiros estudando e treinando na escola, sendo que o último foi há mais de 30 anos.

Nunca na história da Ópera houve um brasileiro convidado a estudar e Luciana se tornou a primeira bailarina a receber este convite.

"Em setembro eu já entro na escola e estou muito animada para viver essa etapa da minha vida. Já estou começando a separar as melhores sapatilhas e sigo dançando de segunda a sábado para entrar com um bom rendimento", completou.

Inspiração

Luciana ressaltou que a vida no balé não é fácil e que apesar do glamour no palco, com sapatilhas e coques perfeitos, a vida de um bailarino requer muitos sacrifícios. Segundo ela, é um meio de muita competição e inveja.

A dançarina pretende inspirar e mostrar a quem deseja ser renomado da dança que todos são capazes de realizar os próprios sonhos.

"Se a gente não lutar por aquilo que a gente quer ninguém vai. É preciso saber que não é fácil, que vão aparecer obstáculos, mas só depende de você. Pra mim ainda é difícil acreditar que eu consegui um título assim tão nova, é algo muito grande pra mim, mas eu acreditei e abri mão de várias coisas pelo meu sonho. Temos que acreditar naquilo que a gente quer", concluiu.

A adolescente quer inspirar outros bailarinos

Marcela Lemgruber/Divulgação

VÍDEOS: veja tudo sobre a Zona da Mata e Campos das Vertentes
Fonte: G1
Comunicar erro
Dia a Dia Notícias

© 2025 Copyright © 2023 - Dia a Dia Notícias. Todos os direitos reservados.

•   Política de Cookies •   Política de Privacidade    •   Contato   •

Dia a Dia Notícias
Acompanhante loira