Guedes quer privatizar Petrobras se governo Bolsonaro for reeleito

Se for reeleito nas urnas em outubro, o governo do presidente Jair Bolsonaro (PL) vai fazer mais reformas e incluir a privatização da Petrobras, segundo promessa do ministro da Economia, Paulo Guedes, um dos poucos ministros da Esplanada que está na atual gestão desde janeiro de 2019.

Guedes participou do Fórum Econômico Mundial, em Davos, na Suíça, que se encerrou nesta quinta-feira (26). Ele falou a jornalistas após participar de uma rodada de palestras. “Vamos privatizar a Petrobras, fazer vários acordos comerciais. Vamos fazer bem mais do que temos feito até agora”, disse o ministro.

Segundo ele, o governo ainda está alinhado com a agenda de reformas e pautas liberais, mas que a pandemia do coronavírus atrapalhou o avanço das privatizações no Congresso Nacional. Tanto a privatização da Eletrobras quanto a dos Correios ainda não foram concluídas.

A da Eletrobras avançou e chegou à etapa final, após aprovação do Tribunal de Contas da União (TCU), em 18 de maio. Já a dos Correios está num limbo, travada no Senado Federal. A aposta de Guedes é que as eleições deste ano coloquem mais parlamentares com perfil de direita no Congresso Nacional.

Sobre a Petrobras, Bolsonaro voltou a dizer que não vai interferir. Ele falou a jornalistas na manhã desta quinta-feira, após fazer gravações de para material de campanha, numa capela da Vila Planalto, em Brasília.

"Jamais da minha parte penso em interferir na Petrobras. Isso para mim é medida protelatória. Um presidente da Petrobras ganha R$ 210 mil por mês. O povo está ouvindo aí? O presidente da Petrobras ganha R$ 210 mil por mês. Os diretores ganham R$ 110 mil. Se é para ficar apertando botão ali, eu não preciso de pessoas qualificadas", afirmou o presidente.

Em seguida, reforçou que tem a intenção de fazer novas indicações e mudanças na cúpula, incluindo a presidência da estatal. "Ninguém é dono da Petrobras. Eu sou acionista majoritário e tenho direito, via Ministério das Minas e Energia, de propor a mudança não só do conselho, bem como da diretoria e do próprio presidente"

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