"A equipe do Japão é muito veloz, se posiciona bem no aspecto defensivo e com jogadores rápidos na frente. Fizemos variações ao longo do jogo, começamos com dois pontas, dois jogadores de movimentação por dentro, depois acrescentamos velocidade, trouxemos um meia-atacante para uma segunda posição e colocamos um pivô, mexemos no posicionamento do Militão... Foi sólida enquanto não teve um maior poder criativo. E, quando teve, tivemos um detalhe significativo: as finalizações precisam ser mais precisas", comentou Tite.
O gol do Brasil foi marcado por Neymar, aos 32 minutos da segunda etapa. A Seleção teve o controle do jogo, mas foi menos brilhante em relação à goleada contra a Coreia do Sul.
Outro ponto da coletiva de Tite foi a arbitragem. O treinador questionou a falta de punição para as infrações táticas dos japoneses, especialmente em cima de Neymar.
"Fiquei bravo com a arbitragem. Falta tática toda hora, passava do ponto. O poder criativo ficava neutralizado, o árbitro tinha que coibir", disse.
Alguns jogadores ficaram de fora dos relacionados para o amistoso, como Gabriel Magalhães, Rodrygo, Léo Ortiz e Alex Sandro. Tite falou sobre a sensação de não levar esses atletas e os critérios utilizados para tomar essa decisão.
"Convocar só 23 é duro. A gente vai buscando um equilíbrio. Deixamos Alex Sandro, destaque do último jogo, fora do banco. Rodrygo também, Militão tinha ficado de fora do último jogo. Isso dificulta nossa construção. A gente procurou equilibrar a equipe em termos físicos, não podemos colocar em risco a saúde do atleta, como é o caso do Fabinho", comentou. O volante do Liverpool sentiu um problema na coxa no final da temporada europeia.
Agora, o Brasil tem confronto programado para 22 de setembro, contra a Argentina, pelas Eliminatórias Sul-Americanas. Essa é a reta final da preparação para a Copa do Mundo do Catar.
Veja outros trechos da coletiva do Tite
Disputa na lateral esquerda
"Arana foi muito bem, assim como Telles já tinha ido em outro jogo. Não sei quem vai ser titular, pois uma convocação é de tempo muito curto. O aspecto de saúde é fundamental."
Diferença dos dois ciclos para Copa do Mundo
"Eu imaginava um dia estar na Seleção Brasileira e fazer um ciclo inteiro, mas a oportunidade surgiu antes. Para errar e ajustar, para oportunizar, ver sistemas diferentes, gerar confiança no atleta. Hoje tenho um leque de opções. Não tinha tempo hábil na outra preparação, tínhamos que só ganhar e classificar para a Copa. Agora tivemos tempo, erramos, mas oportunizamos. Isso para uma formação de equipe é muito grande, esse dado é consistente. Isso só o tempo permite"