Sem confiança na qualidade da água para consumo. Esse é o sentimento recorrente de ribeirinhos que vivem às margens do rio Paraopeba, duramente atingido pelo rompimento da barragem de Brumadinho, em 2019.
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Seja em Esmeraldas, na região metropolitana de Belo Horizonte, ou em Curvelo e Pompéu, municípios na região Central do Estado distantes 200 km do local da tragédia, moradores se queixam de problemas de saúde ligados à água e pelo contato com a lama de rejeitos carreada ao longo do curso d"água e que a cada enchente volta à tona.
Levantamento feito em 2021 pelo Núcleo de Assessoria às Comunidades Atingidas por Barragens indicou níveis de metais acima das quantidades permitidas pelo Ministério da Saúde em 63% dos 489 pontos analisados. E os prejuízos não param por aí: cultivos foram dizimados, o poço artesiano não pode ser mais usado e o jeito é comprar água mineral.
No segundo dia da série Fonte de Conflitos, que vai até sábado, O TEMPO mostra o drama de inúmeras pessoas que tiveram suas vidas gravemente afetadas pela contaminação dos recursos hídricos. A mineradora Vale, dona da barragem rompida, nega a contaminação.