A MG-353, entre Coronel Pacheco e Juiz de Fora, está interditada. Veja ainda a situação em Matias Barbosa, Além Paraíba e Muriaé. MG-353 entre Coronel Pacheco e Juiz de Fora
Humberto Campos/G1
Após a chuva registrada neste domingo (10), a MG-353 entre Coronel Pacheco e Juiz de Fora amanheceu obstruída; a via está interditada. Em Matias Barbosa, ruas e casas ficaram alagadas. Veja ainda os resultados das precipitações em Além Paraíba e Muriaé.
Em Juiz de Fora, moradores ficaram ilhados após ruas alagarem em regiões da cidade.
Interdição
Motoristas tentam abrir caminho improvisado na rodovia
Humberto Campos/G1
A rodovia que liga Coronel Pacheco e Juiz de Fora, entre os kms 58 a 61 (Serra da Banana), amanheceu obstruída na manhã desta segunda-feira (11). A pista está cheia de terra e bambu.
Uma equipe da TV Integração está no local e apurou que motoristas estão tentando abrir um caminho improvisado. Veículos estão parados nos dois lados da MG-355 sem conseguir atravessar.
No posto da Polícia Rodoviária, motoristas estão sendo orientados a retornarem e seguirem por outros caminhos. As alternativas orientadas para desvio são duas: pela BR-040, passando por Santos Dumont, Oliveira Fortes, Paiva, Mercês e Rio Pomba; pela BR-267, sentido Bicas, passando por São João Nepomuceno, Rio Novo, Guarani, Piraúba e Rio Pomba.
Matias Barbosa
Ruas de Matias Barbosa ficaram alagadas
Vinícius Ribeiro/Prefeitura de Matias Barbosa
A água invadiu casas e alagou ruas em Matias Barbosa ainda na noite deste domingo (10). Segundo o Centro Nacional de Monitoramento e Alertas de Desastres Naturais (Cemaden), os acumulados de precipitação na cidade são de até 88 mm em 24 horas na estação Monte Alegre/Cemaden.
Imagem mostra o nível que a água chegou em uma das residências
Vagner Tolentado/G1
O Cemaden destaca ainda que há indicação de chuva moderada para as próximas horas; o Centro estima que 1.276 pessoas em 318 moradias estejam expostas ao risco alertado. Famílias precisaram sair de casa ainda neste domingo, eles foram para a residências de amigos e familiares.
"As áreas de risco de movimentos de massa no município caracterizam-se pela ocupação de encostas de média a alta declividade constituídas principalmente por solo residual argilo-arenoso, com taludes de corte e aterro, cicatrizes de deslizamentos recentes, drenagem de águas pluviais deficiente, trincas e degraus de abatimento. Ocorrem ainda blocos de rocha sujeitos a quedas e rolamento. Esta situação associada à precipitação incidente (ou acumulada) e a previsão meteorológica indica que podem ocorrer deslizamentos pontuais e induzidos nas áreas de risco mapeadas", diz o relatório do Cemaden.
Agentes da Prefeitura trabalham na limpeza do município
Vinícius Ribeiro/Prefeitura de Matias Barbosa
Na manhã desta segunda, a Prefeitura realiza trabalhos de assistência, limpeza e coleta de resíduos. O Executivo deixou à disposição espaços para abrigo das famílias afetadas, contudo eles optaram por ficar em casas de parentes e amigos. Está sendo realizado o levantamento de famílias afetadas pelas chuvas.
Máquinas retiram móveis que estragaram por conta da chuva
Vagner Tolentado/G1
Muriaé
Em Muriaé, a Defesa Civil afirmou ao G1 que apenas uma pancada breve de chuva foi registrada na tarde deste domingo; não foram registradas ocorrências graves. No fim de semana, foram realizadas quatro medições em vários pontos nos três rios que cortam a área urbana da cidade. Os níveis ainda estão acima do normal para o período do ano, segundo a Defesa Civil.
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Caso não chova, tendência é chegar na normalidade para o período chuvoso, onde o nível fica acima do nível do período de seca. Nesta segunda-feira, Muriaé chegou ao acumulado médio de chuvas de 217,85 mm em apenas 11 dias; o município se aproxima do acumulado histórico de janeiro que é de 287,00 mm.
Além Paraíba
Em Além Paraíba, um idoso de 73 anos morreu na última sexta-feira (8) após uma casa desabar. Apesar das chuvas registradas nos últimos dias, não houve ocorrências graves depois da chuva deste domingo.
Mesmo com a vazão da usina localizada a cerca de 25 km da cidade tendo chegado ao pico por volta de 1h, 1.952 m³ por segundo, a água entrou em apenas alguns quintais; em uma casa, o morador registrou cerca de 10 cm de água, mas nada foi perdido.
Após o pico da vazão, a usina registra 1.550 m³ por segundo desde às 6h, segundo a Defesa Civil.