Pacheco é o candidato de Davi Alcolumbre, atual presidente da Casa. MDB ainda não definiu nome próprio na eleição, que acontece em fevereiro. Rodrigo Pacheco (DEM-MG), candidato à presidência do Senado
Marcos Oliveira/Agência Senado
O PT decidiu nesta segunda-feira (11) apoiar o senador Rodrigo Pacheco (DEM-MG) na disputa para a presidência do Senado Federal.
A eleição acontecerá em fevereiro. A candidatura de Pacheco é articulada pelo atual presidente do Senado, Davi Alcolumbre (DEM-AP), que tenta emplacar um sucessor. O PSD, com 11 integrantes, também já anunciou seu apoio a ele.
Como a votação é secreta, o parlamentar pode não seguir a orientação da legenda. No entanto, diferentemente do que ocorre na Câmara, senadores de um partido costumam votar unidos em um mesmo candidato.
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O PT já havia sinalizado que ficaria do lado de Pacheco, mas o martelo foi batido em uma reunião virtual realizada na manhã desta segunda-feira entre os seis senadores da bancada.
O MDB, que pretende lançar candidato próprio, havia feito um apelo para que os petistas aguardassem a definição do nome antes de decidir o apoio.
Segundo o senador Humberto Costa (PT-PE), o pedido do MDB chegou a ser discutido na reunião. “O problema é que não temos como apoiar qualquer candidato do MDB. Como o MDB não tem ainda a sua definição, isso dificulta”, afirmou.
Maior bancada do Senado, com 13 representantes, o MDB pode definir nesta semana seu candidato. O partido quer recuperar o comando do Senado, após ter presidido a Casa entre 2007 e 2018. Quatro nomes são cotados:
Eduardo Braga (MDB-AM), líder do partido no Senado;
Simone Tebet (MDB-MS), presidente da Comissão de Constituição e Justiça (CCJ);
Fernando Bezerra (MDB-PE), líder do governo no Senado;
Eduardo Gomes (MDB-TO), líder do governo no Congresso.
Os senadores do PT tinham resistência sobretudo aos nomes de Tebet, Bezerra e Gomes. Em outra frente, o MDB negocia uma aliança com o PSDB, que conta com 7 senadores.
O posicionamento do PSDB só deve sair por volta de 15 de janeiro. Mas a eventual composição com o MDB dependeria do nome a ser escolhido. Simone Tebet, por exemplo, conta com a simpatia dos parlamentares tucanos.
O PSDB também não descarta compor um bloco com Podemos (10 senadores), Cidadania (3 senadores) e PSL (2 senadores). A aliança com o PSDB, se concretizada, teria 22 integrantes.
Esses votos poderiam ser dirigidos a um nome do MDB ou a uma candidatura própria do grupo.
"Muda Senado"
Grupo que tem representantes de Podemos, Cidadania e PSL, entre outros, o "Muda Senado" também deixou para a segunda quinzena de janeiro reunião para fechar posicionamento.
O grupo teme que Rodrigo Pacheco represente a continuidade da gestão de Alcolumbre, com a qual está descontente. Dois nomes já manifestaram vontade em disputar a eleição: Major Olimpio (PSL-SP) e Jorge Kajuru (Cidadania-GO).
Entretanto, uma das lideranças do grupo, Alessandro Vieira (Cidadania-SE), afirmou que os postulantes terão de viabilizar as candidaturas junto a senadores de outras correntes. Caso contrário, avalia, o "Muda Senado" apoiará a candidatura que seja "mais próxima aos compromissos que o grupo cobra".
Líder do Cidadania, Eliziane Gama (MA) já manifestou apoio a Simone Tebet. Alessandro Vieira disse ter bom relacionamento com Simone, que, na avaliação dele, é uma “grande parlamentar”, mas ele declarou que ainda não há consenso para apoio à emedebista.
PP
Ao G1, o presidente do PP, senador Ciro Nogueira (PI), disse que a bancada, que tem 7 integrantes, decidirá nesta semana quem apoiará na disputa pela presidência do Senado.
O partido, atualmente, integra o bloco Unidos pelo Brasil, ao lado do MDB e do Republicanos, mas tem feito várias reuniões com Rodrigo Pacheco.
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