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BRASIL

Um mês sem Bruno e Dom: veja como andam as investigações e relembre o crime


Neste 5 de julho completa-se um mês dos assassinatos do indigenista Bruno Pereira, de 41 anos, e do jornalista inglês Dom Philips, de 57, no Vale do Javari (AM). Os dois foram mortos quando desciam o rio Itaquaí, rumo a Atalaia do Norte, também na região amazônica.

O caso, que ganhou repercussão mundial, continua sendo investigado pela Polícia Federal (PF). Muitos questionamentos ainda perduram e as autoridades buscam esclarecer questões ligadas ao duplo homicídio. 

Veja o que se sabe até agora: 

O crime

Bruno Pereira e Dom Phillips desapareceram em 5 junho no Vale do Javari, na Amazônia. Dom era correspondente do jornal The Guardian. Britânico, veio para o Brasil em 2007 e viajava frequentemente para a Amazônia para relatar a crise ambiental e suas consequências para as comunidades indígenas.

O jornalista conheceu Bruno em 2018, durante uma reportagem para o The Guardian. A dupla fazia parte de uma expedição de 17 dias pela Terra Indígena Vale do Javari, uma das maiores concentrações de indígenas isolados do mundo. O interesse em comum aproximou os dois.

Suspeitos

A PF chegou a falar em oito suspeitos de participação no crime. Amarildo Oliveira, o Pelado, admitiu ter realizado os disparos contra o indigenista e o jornalista. A polícia ainda apura se um irmão de Amaralido, Oseney Oliveira, conhecido como Dos Santos, também teria disparado contra as vítimas. Jefferson da Silva Lima, apelidado de Pelado da Dinha, confessou ter sido também um dos executores dos assassinatos. Os três estão presos. 

Outros cinco suspeitos já haviam sido identificados por terem participado da ocultação dos cadáveres de Pereira e Phillips. 

Mortes

Os peritos do Instituto Nacional de Criminalística da Polícia Federal, em Brasília, apontaram que o indigenista Bruno e o jornalista Dom Phillips foram mortos a tiros, com munição de arma de caça. O brasileiro foi baleado três vezes, na cabeça e no tórax. Já o estrangeiro, uma vez, no peito. Os corpos foram esquartejados e queimados.  

O superintendente da Polícia Federal no Amazonas, Eduardo Fontes, disse que os relatos colhidos nas investigações mostram que, enquanto Bruno e Dom viajavam na lancha, foram surpreendidos com disparos de armas de fogo. O indigenista, que tinha porte de arma, chegou a revidar e atirar cinco vezes após o primeiro disparo dos autores. A partir do momento em que Bruno recebeu o segundo disparo, a lancha ficou desgovernada. Com isso, a arma dele teria caído no rio. 

Motivação 

As investigações apontam que as vítimas foram assassinadas em razão de denúncias sobre pesca ilegal de pirarucu na região amazônica. A polícia ainda destacou que não havia indícios de mandante por trás das mortes. Já a União dos Povos Indígenas do Vale do Javari (Univaja), afirmou que os presos fazem parte de uma organização criminosa que atua no local. 

Localização dos corpos

O pescador Amarildo da Costa Oliveira, conhecido como "Pelado", confessou o crime e levou os policiais até onde havia enterrado os corpos. Ele também mostrou onde a embarcação que as vítimas utilizavam foi afundada. 

A PF localizou os restos mortais e após finalizar os trabalhos de perícia nos materiais genéticos coletados, liberou os corpos para as famílias no dia 23 de junho. 

Funeral 

O indigenista Bruno Pereira, foi velado no dia 24 de junho em Paulista, na região metropolitana do Recife. Indígenas de diversas etnias e de diferentes locais do país prestaram homenagens ao brasileiro. 

O jornalista inglês Dom Phillips foi velado no dia 26 de junho em Niterói, na região metropolitana do Rio de Janeiro, em cerimônia reservada a familiares e amigos. (Com Agências)

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