O Censo 2022 será realizado pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) a partir do próximo 1º de agosto, após dois anos de atraso e problemas com o orçamento. Na data, os cerca de 200 mil recenseadores vão procurar representantes de 70 milhões de domicílios no Brasil. É obrigatório responder às perguntas, mas é importante se atentar a como identificar os profissionais para evitar cair em golpes.
A primeira característica são as roupas e o equipamento usado pelos recenseadores: colete e boné azul-marinho que têm a sigla do IBGE e “Censo 2020”. O ano grafado corresponde à previsão inicial para que a pesquisa fosse realizada. Haverá ainda um crachá com identificação do profissional, com nome completo, número da matrícula no instituto, número da carteira de identidade ou CPF e um QR code.
Para garantir que o recenseador é credenciado, basta escanear com o celular o código ou buscar os dados dele neste link, do portal do IBGE. Informações também podem ser conferidas pelo telefone 0800-721-8181.
Obrigatoriedade de resposta
A lei 5.534 de 14 de novembro de 1968 prevê “obrigatoriedade de prestação de informações estatísticas” para execução do Plano Nacional de Estatística. A medida tem como objetivo garantir “independência e confidencialidade” das informações prestadas durante as pesquisas do órgão.
“As respostas ao questionário do Censo 2022 são absolutamente confidenciais e serão usadas exclusivamente no preparo de cadastros e séries estatísticas. O caráter sigiloso das respostas será enfatizado pelo recenseador antes do início das entrevistas. Em nenhuma hipótese as informações prestadas poderão ser vistas por pessoas estranhas ao serviço censitário”, explica o IBGE.
“Os responsáveis pela violação do sigilo censitário serão punidos com demissão sumária e ficarão sujeitos a processo criminal. Colabore para que possamos obter dados fidedignos e confiáveis. Eles constituem a base indispensável de um recenseamento bem feito e, consequentemente, de um país melhor, cada vez mais adequado aos seus habitantes”, completa.
Adiamento e batalha pelo orçamento
O Censo estava previsto para ocorrer em 2020, mas foi adiado devido à pandemia de Covid-19 e uma batalha para que o orçamento da pesquisa fosse possibilitado. O valor necessário para que o IBGE realizasse o Censo era de R$ 2,3 bilhões, mas foi reduzido para R$ 50 milhões pelo governo federal. Aprovação da recomposição só foi autorizada em outubro de 2021.
O TEMPO