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Enem 2022: região de Campinas tem alta de 9% em inscritos, mas total fica abaixo da pré-pandemia

Por Redação

22/07/2022 às 08:32:45 - Atualizado há
Dados do Inep mostram que aplicação de provas em 19 cidades deve reunir 37,4 mil candidatos. Avaliações estão marcadas para 13 e 20 de novembro; especialista vê reflexos da crise econômica. Enem 2022 tem 37,4 mil inscritos na região de Campinas

Igor do Vale/g1

O número de candidatos da região de Campinas (SP) inscritos para as provas do Exame Nacional do Ensino Médio (Enem) 2022 aumentou 9,7% no comparativo com a edição anterior, de acordo com o Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira (Inep). O total equivale a 37,4 mil, incluindo a modalidade digital, mas segue longe da faixa do período pré-pandemia, o que é analisado por uma especialista ouvida pelo g1 como um dos reflexos da crise econômica do país.

Os dados do Inep consideram os 19 municípios da região onde serão aplicadas as provas em 13 e 20 de novembro. Do total de inscritos, 1,7 mil optaram pela modalidade digital, disponível somente nas cidades de Americana, Campinas, Indaiatuba e Jaguariúna. Veja abaixo evolução.

A categoria impressa reúne 35,6 mil, dos quais 13,3 mil, 37,3% do total, estão em Campinas.

Enem na região de Campinas - prova impressa

Enem na região de Campinas - modalide digital

As provas

O primeiro dia tem 45 questões de linguagens, 45 de ciências humanas e redação. Os portões dos locais de avaliação abrem às 12h, fecham às 13h, e a aplicação inicia 13h30. A duração é de 5h30.

Já a segunda prova reúne 45 questões de matemática e 45 de ciências da natureza. O esquema de abertura das escolas é o mesmo, porém, o exame precisa ser finalizado no período de 5h.

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Série de reflexos

Ao ponderar que o total de inscritos no Enem deste ano permanece distante dos números contabilizados nas edições 2019 e 2020 do processo seletivo, a professora da Faculdade de Educação da Unicamp Dirce Zan, integrante do Grupo de Pesquisas em Políticas, Educação e Sociedade, avaliou que o resultado reflete o agravamento da crise econômica do país atrelada à pandemia da Covid-19.

"A gente observa que há evasão do ensino médio. Há muitas meninas e meninos que estão deixando de estudar porque precisam, de alguma forma, contribuir com a renda da família ou realizar alguma tarefa, como cuidar de irmão mais novo ou um ente acamado enquanto os pais trabalham [...] É um momento de desalento para estes estudantes que estão encerrando", avaliou ao também considerar que políticas públicas no país para acesso às universidades são insuficientes.

As dificuldades também se refletem em outros processos seletivos. No vestibular 2023 da Unicamp, a quantidade de candidatos oriundos da rede pública que solicitou isenção na taxa do exame diminuiu, no comparativo com a edição anterior, segundo a comissão organizadora (Comvest). Veja detalhes.

Procurado pelo g1, o Inep não apresentou posicionamento sobre a variação de inscritos na região e as considerações feitas pela especialista da Unicamp até esta publicação.

A Secretaria da Educação do estado, em nota, avaliou que a evasão percebida no Enem e na procura do vestibular de instituições do ensino superior público é um reflexo observado em todo país, por conta da Covid-19. A pasta alegou, por meio de assessoria, que desenvolve desde 2021 programas de apoio à recuperação da aprendizagem, e mencionou estratégias aplicadas no período mais restritivo da crise.

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Fonte: G1
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