"Informo que, aos 12 minutos do primeiro tempo, foi arremessado cerveja atingindo o assistente nº 2, Michael Stanislau, vindo da arquibancada onde se encontrava a torcida do América", afirmou Daronco. Advogado do América na sessão realizada nesta terça-feira, Henrique Saliba argumentou que foi um caso leve, sem gravidade e isolado. "Ao América, como bem destacado o clube não conseguiu identificar o torcedor que jogou essa cerveja para dentro do gramado. Fato lamentável, reprovável e peço desculpas pelo América", disse Saliba.
"Embora o clube seja reincidente, são casos leves e sem gravidade. Uma torcida ordeira e um único ato isolado do torcedor acabou tipificando a conduta no artigo 213, mas sem maior gravidade. A defesa vem requerer que seja aplicada apenas a multa pecuniária", complementou o advogado.
Após ouvir a defesa americana, o relator do processo, o auditor Washington Rodrigues explicou seu entendimento e voto. Segundo ele, foi uma atitude grave e que deveria ser reprovada para não acontecer novamente.
"Entendo pela desclassificação por entender que não houve agressão e dolo, mas é um ato que poderia ter causado danos ao adversário. Desclassifico para o artigo 254 e aplico uma partida de suspensão. Ao América acho que é uma atitude grave por ter atingido o assistente", iniciou o argumento.
"Ato que a gente tem que reprovar e impedir que aconteça com a constância que vemos na Libertadores. É uma tarefa desse tribunal evitar que aconteça com uma constância. Não houve a identificação do torcedor para a excludente. Voto para aplicar multa de R$ 15 mil e perda de um mando de campo ao América”, justificou o relator, que foi acompanhado pelos outros auditores.
América pede colaboração dos torcedores
Em nota oficial publicada logo após a decisão do STJD, o América pediu aos torcedores para que não comprometam o clube por meio de atos indisciplinares. "O América reforça aos torcedores que é de extrema importância saber se comportar nos jogos e ter responsabilidade para não prejudicar o Clube. Se o autor já tivesse sido identificado e a ocorrência lavrada, provavelmente a punição não seria aplicada", pediu. O Coelho ainda afirmou que seguirá com o planejamento de realizar jogos com torcida presente no estádio enquanto não houver julgamento em segunda instância. %uFEFF"O Departamento Jurídico do América está recorrendo da decisão e, enquanto não for julgada em segunda instância, o Clube segue com o cronograma de realizar jogos com torcida presente no Independência", finalizou. Nesta terça-feira, o meia Alê também foi julgado pela expulsão contra o Fluminense. No entanto, o jogador foi apenas advertido e está apto para a sequência da competição.
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