O ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) discursou em um ato em defesa do Sistema Único de Saúde (SUS) em São Paulo, nesta sexta-feira (5), em alusão ao Dia Nacional da Saúde.
Entre as promessas feitas pelo ex-presidente aos profissionais de saúde presentes, está a retomada dos programas Mais Médicos e Farmácia Popular.
"Vamos recuperar e ampliar o Mais Médicos para garantir que todos os brasileiros tenham acesso a uma equipe completa de saúde da família em qualquer canto desse país, por mais remoto que seja. Vamos reconstituir a Farmácia Popular. Vamos fortalecer o Samu [Serviço de Atendimento Móvel de Urgência] e as UPAs [Unidades de Pronto Atendimento]", afirmou Lula.
"Vamos voltar a cuidar das pessoas com transtornos mentais em liberdade, com dignidade, de acordo com os princípios da reforma psiquiátrica", acrescentou.
O programa Mais Médicos foi lançado em julho de 2013, durante o primeiro mandato da ex-presidente Dilma Rousseff (PT), com o objetivo de suprir a falta de médicos na área rural, periferias e aldeias indígenas. É até hoje bastante criticado por ter trazido mais de 11 mil médicos cubanos para atuar nesses lugares.
No governo de Jair Bolsonaro (PL), o programa ganhou o nome de "Médicos pelo Brasil". O presidente é um dos mais críticos ao programa da época petista. Durante uma cerimônia de contratação dos primeiros médicos do programa Médicos pelo Brasil, lançado pelo governo em 2019, Bolsonaro desqualificou os profissionais cubanos.
"Esse era o programa do passado, Mais Médicos, do PT, um serviço que escravizava nossos irmãos cubanos e que não atendia a população, porque [os cubanos] não sabiam absolutamente nada de medicina", afirmou em abril deste ano, sem apresentar evidências do que dizia.
Por sua vez, o Farmácia Popular foi um programa lançado no primeiro mandato de Lula, em 2004, e ampliava a oferta de medicamentos, com descontos e gratuidade, para doenças como hipertensão, diabetes, asma, glaucoma, entre outros. Esse programa passou a ter o nome de "Farmácia Popular do Brasil".
No mesmo discurso, Lula criticou o governo Bolsonaro por omissão no combate à pandemia, demora na compra das vacinas e defender tratamentos comprovadamente ineficazes contra o coronavírus.
O ato foi organizado pela Frente Pela Vida, criada em 2020 para elaborar Oestratégias de combate à pandemia do coronavírus e que reúne, entre outras entidades, o Conselho Nacional de Saúde (CNS), Associação Brasileira de Saúde Coletiva (Abrasco), Sociedade Brasileira para o Progresso da Ciência (SBPC), Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB) e Associação Nacional dos Dirigentes das Instituições Federais de Ensino Superior (Andifes).
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