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BRASIL

Depois de Alckmin, Lula também assina manifesto pró-democracia da USP


Com uma semana de diferença, o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) e ex-governador de São Paulo, candidatos a presidente e vice, respectivamente, assinaram o manifesto pró-democracia, intitulado "Carta às brasileiras e aos brasileiros em defesa do Estado Democrático de Direito", uma iniciativa de ex-alunos da Faculdade de Direito da Universidade de São Paulo (USP).

Lula assinou nesta segunda-feira (8), junto à socióloga Rosângela da Silva, a Janja, esposa do petista. Com quase 800 mil assinaturas em menos de 15 dias, a carta também foi endossada na segunda-feira (1º) passada, por Alckmin.

Entre as assinaturas, estão as dos presidenciáveis Ciro Gomes (PDT), Simone Tebet (MDB) e Felipe D'Ávila (Novo), além dos ex-presidentes Dilma Rousseff (PT) e Fernando Henrique Cardoso (PSDB). Há também as de políticos de esquerda e direita, ex-ministros do Supremo Tribunal Federal (STF), sindicalistas, artistas, influenciadores, banqueiros e empresários.

A carta vai ser lida pelo ex-ministro do STF Celso de Mello em evento no dia 11 de agosto, no Pátio das Arcadas do Largo de São Francisco, em São Paulo. Estão sendo organizadas manifestações da esquerda para o mesmo dia.

O ex-presidente Lula vinha relutando sobre assinar o manifesto, embora parabenizasse a iniciativa. Candidato ao Planalto e principal adversário do presidente Jair Bolsonaro (PL), a resistência de Lula se devia à provável interpretação de que o manifesto é eleitoreiro. Os aliados do petista o convenceram sob o argumento de que marcaria posição e faria contraponto a Bolsonaro.

Embora não cite nominalmente o presidente, a carta tem sido considerada uma reação às ameças antidemocráticas feitas pelo mandatário, que repetidas vezes levanta suspeitas infundadas sobre o processo eleitoral e as urnas eletrônicas, e por isso a carta tem provocado incômodo.

Depois de ter feito publicações irônicas nas redes sociais, o presidente falou em tom crítico contra os que assinaram o manifesto, durante interação com apoiadores, nesta segunda-feira, no cercadinho do Palácio da Alvorada.

“Esse manifesto aí foi assinado por banqueiros, artistas, e tem mais uma classe aí… Alguns empresários, mamíferos”, afirmou. Bolsonaro estava acostumado a contar com o apoio dos banqueiros e dos empresários até então. Na live da quinta-feira (28), ele também reagiu à adesão do
presidente da Federação das Indústrias do Estado de São Paulo (Fiesp), Josué Gomes da Silva, à carta da USP.

Nesta segunda-feira, Bolsonaro participa de almoço com banqueiros, em São Paulo. Ele estará acompanhado dos ministros Paulo Guedes (Economia) e Ciro Nogueira (Casa Civil). O encontro é organizado pela Federação Brasileira de Bancos (Febraban) e pelo Conselho Nacional de Instituições Financeiras (CNF).

A campanha do presidente tenta aproximá-lo da elite financeira do país após a repercussão dos manifestos pró-democracia e esse almoço é um passo nesse sentido. Oficialmente, o motivo do encontro é o pedido do governo federal aos bancos para que diminuam os juros do crédito consignado do Auxílio Brasil de R$ 600, embora tenha sido o próprio chefe do Executivo federal o responsável por sancionar as regras definidas por lei.

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