Minas Gerais Gerais

Cenário de pura beleza

Por Redação

12/08/2022 às 04:38:38 - Atualizado há

Na semana dos pais e no alto da sabedoria dos 99 anos, o comerciante Antônio Nonato Carvalho ganha um presente que enche os olhos, fortalece seus dias e reúne a família em um cenário de muita beleza. Bem ao lado da casa, na Rua Bonfim, no Centro Histórico de Santa Luzia, Região Metropolitana de Belo Horizonte, o senhor simpático e risonho desfruta de um frondoso ipê-amarelo, com a copa tão florida que atrai a atenção de quem passa na via pública, perto da Capela do Bonfim, do século 18.
“É muito bonito mesmo. Foi Zizi quem plantou, há quase 40 anos”, diz Antônio Nonato, em referência à esposa, Maria da Conceição Carvalho, falecida em 2013. O casal teve 14 filhos, que geraram 18 netos e 11 bisnetos, a maioria residente na tricentenária cidade. Levantando a mão em direção às flores, que começam a cair, o comerciante agradece a Deus pela bênção de ter a família unida e um exemplar esplêndido da natureza diante dos olhos. “Nossa mãe é inesquecível. E, veja só, faleceu no Dia das Mães. Lembramos dela o tempo inteiro, ainda mais nesta época”, diz o filho Márcio Henrique Carvalho.
Com a chuva, as flores começam a cair, então é bom apressar a “visita” aos ipês. Segundo o Instituto Nacional de Meteorologia (Inmet/5º Disme), há previsão de chuva para hoje em Belo Horizonte, com queda na temperatura a partir de amanhã – os termômetros podem chegar aos 9 graus. Na RMBH, vai fazer mais frio, com a marca prevista de 8 graus.
Nas regiões Sul, Oeste, Triângulo e Zona da Mata de Minas, a previsão também é de chuva, com friagem e possibilidade de formação de geada no Sul do estado.

AMARELO OURO

Agosto é o mês marcante da temporada dos ipês-amarelos, árvore símbolo do Brasil, presente nas ruas, praças e avenidas da capital, nas estradas que ligam a capital ao interior do estado e em muitas residências. As cores se misturam às buganvílias, num efeito magnífico sob o sol de inverno.
No acesso ao Muro de Pedras/Recanto dos Bravos, em Santa Luzia, onde no próximo dia 20 serão lembrados os 180 anos do término da Revolução de 1842 (combates entre as tropas legalistas, comandadas pelo Duque de Caxias, e os liberais, por Teófilo Otoni), os ipês dão o ar da graça. Uma moradora se orgulha das árvores e diz que “carinho, amor e sol” garantem o espetáculo. “Rezamos para o fogo não destruir”, avisa, com esperança na voz.
Em Minas, mais de 20 espécies de ipês aparecerão gradativamente até o início da primavera. Segundo dados da Associação Mineira de Defesa do Ambiente e da Prefeitura de Belo Horizonte, a capital conta com mais de 27 mil ipês, o que corresponde a 9% das árvores da cidade, que reúne nove espécies.
O ipê-rosa é o mais abundante, com cerca de 9,6 mil árvores. Em seguida, vêm o ipê-tabaco, com 6 mil plantas, e o amarelo, 2,8 mil. Natural do cerrado, da floresta amazônica e da mata atlântica, a árvore floresce entre junho e outubro, de acordo com cada espécie, e fica totalmente desprovida de folhas quando as flores caem.
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