Os ipês brancos de Belo Horizonte começaram a florescer nesta semana. A árvore que simboliza a cidade também é conhecida pelas flores amarelas e rosas, que aparecem inicialmente ao longo do outono e do inverno, colorindo as ruas belo-horizontinas.
Os ipês brancos são chamados de "noivas da cidade", devido à cor de suas flores, e há 2.490 deles espalhados por Belo Horizonte. No total, a capital tem quase 29 mil ipês, segundo dados mais recentes da Secretaria Municipal de Meio Ambiente.
Os ipês de BH são árvores de nove espécies diferentes, com origens de várias partes do mundo, cada uma com sua cor única. Nem mesmo a correria da vida urbana impede moradores e visitantes de desviar o olhar, nem que seja por alguns segundos, para apreciar as sedutoras copas dos ipês emplumadas com folhas amarelas, rosas, roxas, brancas e verdes.
O ipê branco da Praça da Liberdade, a "Noiva da Praça", começou a florescer nesta semana. Com um leve aroma, as flores atraem muitas abelhas e polinizadores. A floração só dura três dias, por isso é bom correr para ver de perto.
As árvores contribuem para tornar a cidade mais bonita e acolhedora para as pessoas, ao interromper a rotina do concreto e dos transportes e chamar o olhar para a natureza. O ipê é símbolo da cidade e está "em todo canto", o que contribui para o senso de comunidade e cuidado dos belorizontinos.
Os ipês são típicos do inverno, estação fria, com menor incidência de chuva e, por consequência, com o solo mais seco. As árvores da espécie transpiram bastante, o que ajuda na umidade do ar.
A arborização da cidade, não só com os ipês, contribui para a qualidade da água e do ar, traz benefícios para a saúde das pessoas e dos animais e aumenta a permeabilidade do solo, especialmente nos períodos de chuva.
A chamada "infraestrutura verde" é composta por áreas e elementos naturais paisagem urbana que conservam os valores e funções dos ecossistemas naturais nas cidades, questão fundamental principalmente quando se trata da adaptação às mudanças climáticas.
* Estagiária sob supervisão do subeditor Thiago Prata