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Tite diz que fase do Atlético não distancia Arana da Copa: 'Não prejudicou'



Em entrevista exclusiva ao Superesportes nesta quarta-feira (24), o treinador pontuou que Arana foi bem no principal jogo do Galo na temporada: o empate sem gols com o Palmeiras, que culminou em derrota nos pênaltis e eliminação nas quartas de final da Copa Libertadores.
"Quais foram os dois jogos mais importantes do Atlético este ano? Foram os dois enfrentamentos com o Palmeiras, certo? Foram dois jogos extremamente iguais. Então, o desempenho do Atlético não prejudicou em nada o Arana, porque o Atlético jogou muito nos dois jogos e o Palmeiras jogou muito nos dois jogos", pontuou o técnico.
Por conta de uma lesão na coxa esquerda, Arana ficou fora do jogo de ida com o Palmeiras, o empate por 2 a 2 no Mineirão. Voltou a campo uma semana depois, justamente na partida de volta, no Allianz Parque.
"O desempenho dele foi de alto nível no jogo do Palestra (Allianz Parque)... Ah, não foi o seu melhor? Ele teve um desgaste físico, porque estava retornando. Mas as construções do Atlético estavam essencialmente com ele", prosseguiu o treinador da Seleção Brasileira.
Embora não tenha jogado a partida em BH, Arana conversou com integrantes da comissão técnica do Tite que foram ao Mineirão para falar do processo de recuperação. Estiveram no estádio o auxiliar Matheus Bachi, filho do treinador, e o analista de desempenho Bruno Baquete, que rasgou elogios ao lateral.
"A gente conversou com ele e viu que é um atleta extremamente comprometido. Ele falou: 'Estou fazendo tratamento de manhã, à tarde e à noite para ver se eu jogo o jogo da volta'. E esse jogo da volta foi o que o Tite citou, em que ele estava retornando e, mesmo assim, fez um grande jogo. A gente também avalia esse comprometimento do atleta com o próprio desempenho dele e a gente vê que o Arana tem muito disso", disse.
Lateral "híbrido"
Além do momento técnico, Tite tenta fazer escolhas com base nas características dos jogadores. Convocar um lateral ofensivo ou que guarde posição atrás? Um que construa pelo meio ou utilize o corredor com facilidade? Para o treinador, Arana é um exemplo de ala "híbrido".
"O que eu falo do Arana 'híbrido'? O Arana é um jogador adaptado a uma função que tem uma qualidade, uma capacidade defensiva, e que também não fica fora de lugar quando está numa ação mais adiantada, mais ofensiva. Se precisar dele numa construção, ele tem bom pé, tem uma boa qualidade de passe", pontuou.
"Vou te dar um exemplo. A maioria das jogadas de perigo que aconteceram do Atlético, inclusive aquela bola do primeiro pau para o Kardec - fiquei na dúvida se foi o Kardec ou o zagueiro -, que tocou e ela dá no pau, no jogo contra o Goiás, foram cruzamentos criados pelo lado esquerdo, com o Arana", continuou.
"Depende da análise dos jogos. Que ele não está com aquela mesma frequência de jogos de anteriormente com o Atlético, sim. E pode interferir no desempenho do atleta, sim. Mas especificamente nesses grandes jogos, não está interferindo muito no Arana, não", completou o treinador.
Guilherme Arana foi campeão olímpico com a Seleção Brasileira sub-23 em Tóquio, no ano passado. A partir daí, ganhou mais moral com Tite. Até aqui, são nove convocações para o time principal do Brasil, com quatro jogos e nenhum gol marcado.
Ele esteve na relação mais recente do treinador, para os amistosos contra Japão e Coreia do Sul. Agora, aguarda ansiosamente 9 de setembro, data da última convocação antes da lista final para o Mundial.

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