Ao lado dos amigos, Lucas também passou pela experiência da exposição. E não teve dificuldades para enfrentar os desafios que eram apresentados pela sala. “Consegui me orientar bem. Foi uma das melhores salas [em que estive]. Me adaptei muito rápido. Aqui, eu consegui me locomover bem, mas acho que, por já ter passado por muitos lugares, sempre tenho uma dimensão de onde estou entrando por conta do barulho, se é um lugar muito grande”, disse.
Ele comparou a experiência na sala expositiva com estar em uma cidade real. “Já começa pelas calçadas: aqui não tem buracos nas calçadas. A gente anda e não tem essas coisas. Quando simularam a gente atravessar a rua, aqui [na exposição] não tinha buraco. Não corremos risco de tropeçar”, opinou.
Destacando que muitas cidades não estão preparadas para incluir as pessoas com deficiência, Lucas citou algumas dificuldades que enfrenta na vida cotidiana. “As ruas não estão adaptadas para a gente. Há buracos. O piso tátil as vezes não está presente em todo lugar”, observou.
Para a curadora da mostra, a exposição ajuda a provocar transformações. “Essa exposição é muito importante porque causa uma mudança na sociedade: uma mudança para quem trabalha porque se quebra preconceitos e barreiras e aumenta a empregabilidade; e uma mudança para quem vem, porque a pessoa se coloca no lugar do outro, exercitando a empatia. É uma mudança para a sociedade, tornando-a mais inclusiva”, finalizou Andrea.
A exposição é gratuita às quintas-feiras. Mais informações podem ser obtidas no site.
Agência Brasil